Em quarentena, turismo nacional faz conta das perdas
Viajar não é luxo, é necessidade. É o que diz uma das inúmeras inspiradas frases sobre o prazer de fazer turismo, fosse qual fosse o destino, mas neste momento de coronavírus os planos de viagem estão sendo repensados e até cancelados, o turismo entrou em quarentena e viajar virou caso de necessidade extrema.
Neste cenário, somente na primeira quinzena de março o volume de receitas do setor de turismo brasileiro caiu 16,7% em relação ao mesmo período do ano passado, o que representa uma perda equivalente a R$ 2,2 bilhões, conforme dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
A projeção sinaliza que os prejuízos já sofridos pelo setor têm potencial de reduzir até 115,6 mil empregos formais. Segundo a CNC, as restrições impostas pelo protocolo de ação em nível global para frear o ritmo de expansão do novo coronavírus, o Covid-19, e o fechamento das fronteiras a estrangeiros em diversos países atingiram em cheio o deslocamento de passageiros no Brasil e no mundo. A queda no fluxo de passageiros tende a impor severas perdas ao turismo.
Os hotéis resorts já apresentam cancelamento de mais de 90% de suas reservas, segundo a Associação Resorts Brasil, e a previsão e de que muitos estabelecimentos do setor devem suspender suas atividades.
É o caso do Malai Manso Resort, único resort com conceito all nature inclusive do Brasil, localizado a 1 hora de Cuiabá, no Mato Grosso, que nesta sexta-feira, 20, anunciou a decisão de fechar as portas temporariamente em função do novo coronavírus.
As atividades do hotel serão suspensas entre a próxima segunda-feira, 23 de março, até o dia 12 de abril. “Visamos preservar a saúde de hospedes e colaboradores”, diz nota do Malai Manso Resort enviada ao Campo Grande News.