Testamos o Toyota Yaris na versão XS equipado com o câmbio CVT
A Toyota começou a vender o Yaris em junho deste ano, no mês de novembro já estava entre os 20 carros mais vendidos do Brasil na 18ª posição, com 1.994 unidades vendidas da versão hatch e 1.973 unidades na versão sedã.
Nosso teste dessa semana foi com a versão hatch do Yaris, que foi cedido pela Toyota durante sete dias, o modelo disponibilizado para nós foi o 1.5 na versão XS com câmbio automático CVT.
A versão de entrada é a XL câmbio manual e XL CVT. Ainda tem disponível as versões XL Plus Tech CVT (todas com motorização 1.3 litro), XS e XLS, estas com câmbio CVT e motor 1.5 litro. A carroceria sedã possui as mesmas versões, somente com motorização 1.5 litro.
Com relação às dimensões gerais, o novo Yaris possui 4.145 mm de comprimento (4.425 na versão sedã), 1.730 mm de largura, 1.490 mm de altura e 2.550 mm de distância entreeixos. A capacidade do porta-malas na versão hatch é de 310 litros, enquanto no sedã, 473 litros. Já o tanque de combustível comporta 45 litros.
Na dianteira, ainda é possível destacar a grade superior localizada entre os faróis. Nas versões XL e XL Plus Tech, ela é pintada na cor preta, enquanto nas versões XS (versão testada) e XLS, possui um friso cromado na parte de cima.
Em todas as versões o perfil dos faróis acompanha o design frontal afilado, enquanto na versão XLS, topo de linha, o projetor com lâmpadas halógenas traz um ar de modernidade ao visual. O Yaris ainda conta, desde a versão de entrada, com função “Siga-me”, quando os faróis ficam acesos por certo tempo para que o motorista, após travar as portas, possa chegar ao seu destino com o trajeto iluminado; acendimento automático e ajuste elétrico dos faróis, sendo estes últimos exclusivos nesta categoria.
Na lateral, destaque para a linha de cintura elevada, o que confere fluidez ao conjunto. Os retrovisores pintados na cor do veículo com piscas integrados dão maior visibilidade e modernidade ao visual do Yaris, enquanto nas versões XS e XLS há ainda rebatimento elétrico dos retrovisores. Todas as versões possuem maçanetas das portas pintadas na cor do veículo, com exceção da XLS, cromada.
A versão hatch do Yaris ainda conta com pintura “Total Black” da coluna “C” como detalhe exclusivo, dando um aspecto mais esportivo ao modelo.
Em todas as versões do Yaris, as rodas são de liga leve de 15”, que parecem pequenas para o carro. As rodas das versões XS e XLS possuem design exclusivo com acabamento Dual Tone (preto e prata). Na parte de trás, o design dividiu opiniões por onde passamos.
A versão hatch ainda possui limpador e lavador do vidro traseiro desde a versão de entrada, além de um aerofólio exclusivo, que garante uma sensação de continuidade das linhas do teto e apelo esportivo ao modelo.
Por dentro todas as versões contam com acabamento em preto, incluindo as colunas e o revestimento do teto (em cinza na versão sedã).
Uma das grandes novidades do Yaris é o teto solar elétrico disponível, de série, somente na versão XLS. Os bancos são de couro nas versões XS e XLS. Além disso, ele conta com apoio de braços com porta-copos central a partir da versão XL Plus Tech, oferecendo conforto e comodidade para quem senta nos bancos traseiros e apoio de braços central na frente em todas as versões.
Na versão que testamos (XS) o painel conta com computador de bordo com uma tela de 4.2” de TFT colorido e de alta resolução e mais funções, como histórico de viagem, de consumo a cada cinco minutos, de consumo mensal (km/l) versus distância e histórico mensal de valor (R$) versus consumo (litros); ranking de eficiência em que é possível elencar os três melhores períodos de economia de combustível e mais.
Desde a versão de entrada XL de câmbio manual, o Yaris traz de série, computador de bordo, comandos no volante, descansa-braços dianteiro, controle de estabilidade (VSC), tração (TRC) e assistente de partida em rampa (HAC).
O modelo também possui direção eletroassistida progressiva (EPS), ar-condicionado, vidros dianteiros e traseiros com acionamento elétrico por um toque, travas elétricas, faróis com regulagem elétrica, faróis de neblina, retrovisor interno eletrocrômico, banco traseiro rebatido 40/60 (sedã), entre outros itens, além dos obrigatórios airbag duplo dianteiro e freios com sistema ABS de última geração com distribuição eletrônica de frenagem (EBD).
O modelo que testamos (XS) vem bem equipado, como ar-condicionado automático e digital, chave inteligente presencial, Smart Entry e sistema de partida sem chave tipo Start Button, banco traseiro rebatido 40/60 na versão hatch e central multimídia com tela de 7” sensível ao toque com funções de rádio AM/FM, MP3, entrada USB, conexão auxiliar Bluetooth®, Toyota Play+, sistema que permite espelhamento de aplicativos por meio da tecnologia SDL e com tecnologia Harman e navegador Tom Tom para sistemas operacionais IOS e Android e Waze para sistema IOS. Além disso também tem câmera de ré. Os bancos tem revestimento em couro, assim como o volante e manopla do câmbio.
Mecânica
Embaixo do capô o Yaris testado vem equipado com o 1.5L Flexfuel, Dual VVT-i DOHC de 16 válvulas, que rende 110 cv de potência a 5.600 rpm, quando abastecido com etanol, e 105 cv, a 5.600 giros, com gasolina. O torque máximo nesta configuração, a 4.000 giros, é de 14,9 kgfm (com etanol) e de 14,3 kgfm (com gasolina). Para esta motorização, o ganho de potência também foi de 3 cv e 0,5 kgfm de torque com etanol e de 3 cv com gasolina em comparação com o Etios.
Ao volante
O modelo tem desempenho satisfatório no trânsito do dia a dia, porém em arrancada mais forte ele demora um pouco para responder. Para quem gosta de um carro com pegada mais esportiva não vai ficar satisfeito com o Yaris.
Na estrada ou até mesmo na cidade incomoda um pouco o ruído do motor que invade a cabine, problema típico do câmbio CVT, que também ocorre no seu principal concorrente Honda City. O consumo é bom, andando na boa faz até 12 km/h na cidade na estrada pegamos um pequeno trecho de 60 km, que fez média de 15 km/h andando sempre dentro do limite de velocidade
O carro transporta cinco ocupantes com certo conforto, o passageiro do banco de trás que vai no meio do banco não fica prejudicado com o ressalto do assoalho, pois o mesmo é plano. O espaço do porta malas também é bom, até surpreende quem olha pela primeira vez.
As rodas parecem pequenas para o modelo. A direção não é tão leve como em outros modelos com direção elétrica. A câmera de ré merece aplausos com boa qualidade de imagem, faltou apenas avisos sonoros. O som também é outro ponto positivo. A central multimídia é boa, porém com poucos recursos. Não está disponível o sistema Apple CarPlay e Android Auto. Outro ponto positivo é a partida sem chave, através de um botão no painel, a chave pode ficar no bolso. Ficou devendo o Start-Stop para ajudar na economia de combustível.
O modelo absorve bem as irregularidades nas ruas da capital, dando conforto aos passageiros, as trocas de marchas do câmbio CVT são perfeitas e imperceptíveis. No geral o carro é bom e bonito, tem bons equipamentos de série, porém na minha opnião o preço do carro é um pouco salgado.
Agradecemos a Toyota pelo empréstimo do veículo.
Ficha técnica
Motor: Dianteiro, transversal, quatro cilindros em linha, 16V, comando simples, injeção multiponto, flex
Cilindrada: 1.496 cm³
Potência: 110 cv a 5.600 rpm
Torque: 14,9 kgfm a 4.000 rpm
Transmissão: Automático do tipo CVT, tração dianteira
Direção: Elétrica
Suspensão: Independente McPherson na dianteira e eixo de torção na traseira
Freios: Discos ventilados na dianteira e a tambor na traseira, ABS
Pneus: 185/60 R15
Dimensões: Comprimento 4,14 metros; Largura 1,73 m; Altura 1,49 m; Entre-eixos 2,55 m
Capacidades: Tanque 45 l
Peso: 1.150 kg
Porta-malas: 310 litros
Consumo (Inmetro)
Com etanol: 8,7 km/l na cidade e 9,9 km/l na estrada (média de 9,2 km/l)
Com gasolina:12,6 km/l na cidade e 13,8 km/l na estrada (média de 13,1 km/l)
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