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Dívidas e inflação: quais são seus planos?

Por Allan Esron Pereira Inácio (*) | 22/10/2015 09:10

O ano de 2015 está assolando os brasileiros com notícias cada vez mais alarmantes relacionadas a um ambiente econômico turbulento. Entre as últimas novidades estão a inflação em alta, puxada inclusive por preços controlados como são os casos do combustível, das tarifas de energia elétrica e meios de transporte. Concomitante a este cenário está a crescente taxa de inadimplência entre os brasileiros. 32% dos paranaenses das classes C, D, e E declaram que possuem contas em atraso segundo pesquisa divulgada pela Fecomércio-PR.

Todos conhecemos as motivações que geraram este ambiente econômico hostil, que vão desde os reflexos da crise internacional que se arrasta desde 2009, passam pela ineficiência pública em planejamento e estrutura de seus gastos e tem como agravante uma política de juros básicos da economia em patamares que sufocam as organizações em seus investimentos e tornam toda e qualquer dívida das pessoas físicas quase impagáveis.

Mas a inadimplência, além dos fatores ligados a perda de renda, aos altos juros cobrados no país e ao impacto provocado pelo desemprego que também é crescente, tem forte ligação com a fraca cultura financeira do brasileiro e do paranaense. Existe uma massa de trabalhadores, com os mais diferentes graus de instrução, que desconhece princípios básicos de educação financeira e em alguns dos últimos anos acostumou-se a consumir a crédito, aproveitando um contexto que outrora insinuava-se como favorável e que muitos acreditaram que seria permanente.

Bem administrar as contas pessoais é indispensável em qualquer país que se viva, seja ele rico ou pobre, organizado ou desorganizado, em momento de dificuldade ou fartura. Por todos os motivos supracitados, é evidente que no Brasil o ambiente faz com que esta tarefa se torne um tanto mais complexa, mas não impossível.

Em tempos de bonança ou tempos de crise, todos devemos planejar nossos gastos, trabalharmos orçamentos pessoais que nos permitam identificar momentos de maior ou menor possibilidade de consumo e investimento, negociar o crédito e utilizá-lo de forma consciente.

A dica é organizar suas contas em uma planilha, caderno, aplicativo ou qualquer meio que lhe permita prever e controlar suas rendas e gastos. As rendas são seus ganhos e os gastos se dividem em consumo e investimento ou poupança. Lembre-se que há o consumo básico, a sobrevivência e o consumo de natureza social. E nunca se esqueça de poupar ou investir parte de suas receitas. Gasto de consumo menor do que se arrecada é segredo e sinônimo de tranquilidade seja qual for o ambiente econômico.

(*) Prof. Msc. Allan Esron Pereira Inácio é coordenador do curso técnico em Administração do TECPUC – Centro de Educação Profissional do Grupo Marista.

 

Os artigos publicados com assinatura não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem como propósito estimular o debate e provocar a reflexão sobre os problemas brasileiros.

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