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Já fomos melhores

Por Silvio de Oliveira (*) | 18/07/2024 13:19

Os finais de temporadas de competições do principal movimento mobilizador mundial, o futebol, provoca-nos, a essa triste reflexão, pois fatos semelhantes desenvolvem-se em abordagens di Na Eurocopa, jogadores franceses, que fazem parte desse caldeirão colonial chamado republica francesa, posicionaram-se na recente eleição de forma a afirmar, não o embate entre direita ou esquerda tão presente nas mentes limítrofes mundo a fora que, tal qual nossa republica bananeira, vê o pais num tosco conceito de direita e esquerda sem entretanto compreender o mundo para além do seu zap, limitado ao grupo da igreja, da família, ou dos patriotas ou companheiros.

Ao contrario do que tendenciosamente se analisou por alguns saudosistas dos quase 400 anos de escravidão e colonialismo exacerbado, com tentativas ininterruptas de sepultar culturas que estão no cerne da formação francesa e européia, a luta e a coragem do posicionamento de atletas e ex atletas, tais como Kylian Mbappé, Lamine Yamal e Rai, é preciso dizer que o futebol expressa paixões e desejos porem não é o melhor referencial quando se trata de visão geopolítica e, para não ser ridículo, limitado intelectualmente ou ter atitudes pacóvias, melhor seria entender o pano de fundo do cenário em questão dessa oportunidade, por exemplo, o direito defendido é o de existir como ser humano e o reconhecimento enquanto cidadão.

Para não ficar apenas limitado a Europa onde o crescimento de extremismos e extremistas acentua-se com o passar dos anos e vem numa tendência mundial de posicionamento de visão de mundo suportada não no confronto de idéias mas na desumanização do oponente, observemos pelo viés do esporte bretão a comemoração da Argentina por ocasião da conquista da copa América 2024, seu elenco entoou a plenos pulmões uma canção que tem um cunho racista e separatista. Como entender que crianças, meninos e meninas que se inspiram nesses ídolos vão enxergar o mundo? De que forma explicar que no momento do ápice da competição, a comemoração pela conquista, os ídolos se divertem e comemoram ofendendo outros povos? Como aceitar que colegas de profissão, pois muitos deles dividem as mesmas equipes européias milionárias com aqueles que detratam.

Tristeza sem duvida por Lionel Messi um ídolo de tantos, observar seus pares menosprezar pessoas e ex parceiros que o ajudaram a chegar tão longe, por certo ao participar, ainda que passivamente de pagina tão triste para o esporte mundial revela grandeza proporcional a pequenez de sua seleção. De fato, se minimamente dispussemos de lideres verdadeiros no comando do futebol sul-americano, a Argentina seria severamente punida, quando não, perderia seu titulo. Em um tempo de menos nós e mais eles, uma disputa saudável entre o melhor futebol do mundo envolvia Europa e América, hoje, lamentavelmente lutamos para saber quem é mais medíocre.

(*) Silvio de Oliveira, Licenciado em Historia pela UFMS, Pós Graduado em Gestão Escolar e Funcionário Publico Municipal

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