Ação contra Puccinelli chega às mãos de juiz que já julgou Zeca e Bernal
O processo foi distribuído há cerca de uma semana, quase três meses depois que o TRF3 decidiu enviar à Justiça estadual
A ação penal contra o ex-governador André Puccinelli (MDB) derivada da Operação Lama Asfáltica que tramitava na Justiça Federal já está nas mãos do juiz Olivar Augusto Coneglian, da 2ª Vara Criminal de Campo Grande. O processo foi distribuído há cerca de uma semana, quase três meses depois que o TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) decidiu enviar à Justiça estadual. Segundo o advogado Renê Siufi, a ação tramita em sigilo por enquanto.
Coneglian foi quem mandou arquivar 12 ações contra o ex-governador José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, que foram protocoladas em decorrência de suposta “farra da publicidade” durante a gestão dele.
O magistrado também determinou que o Alcides Bernal (PP) ressarcisse a Defensoria Pública em R$ 15 mil. O ex-prefeito havia sido defendido pelo órgão em ação judicial, mas juiz considerou que ele não era uma pessoa que necessitava do recurso público.
A ação contra Puccinelli que foi enviada da Justiça Federal para a estadual acusa o ex-governador de ter recebido propina da JBS entre os anos de 2007 a 2015. Em troca, a empresa adquiriu incentivos fiscais para manter abertas as suas unidades no Estado.
Em maio, a 5ª Turma do TRF3 decidiu que “não se inferem, pois, da denúncia elementos que configurem ofensa a bens, serviços ou interesses da União”, diz trecho da liminar.
Além de Puccinelli, João Amorim e João Baird, também são reús no processo. André Luiz Cance, Elza Cristina, ligada à Proteco, André Puccinelli Junior, apontado como dono do Instituto Ícone (que seria usado como poupança de propina), João Paulo Calves, que seria “testa de ferro” de Puccinelli Junior, Jodascil Gonçalves Lopes, Micherd Jafar Junior, dono da Gráfica Alvorada, Antônio Celso Cortez, e Ivanildo Miranda, empresário e delator da Lama Asfáltica, completam a lista.