Após 5 anos, eleição volta a escolher diretores em 254 escolas estaduais
Processo envolve pais, alunos e funcionários em 76 cidades de Mato Grosso do Sul, com votação até às 21h
A eleição para escolha de diretores nas 254 escolas estaduais ocorre nesta terça-feira (03), em 76 cidades de Mato Grosso do Sul. Depois de cinco anos sem o direito à escolha, estudantes (a partir do 8º ano do Ensino Fundamental), professores, administrativos da educação e pais de alunos poderão votar das 8h até às 21h. O pleito ocorre nas unidades por meio de cédula de papel, de forma secreta.
De acordo com a SED (Secretaria Estadual de Educação), o atual processo eleitoral tem a participação de 354 chapas. Numa das maiores unidadas da rede estadual, a Escola Estadual Joaquim Murtinho, na área central da Campo Grande, o pleito movimenta a manhã de alunos e funcionários. As 10 urnas foram instaladas pelo TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral) na quadra do colégio, onde estão matriculados 1,8 mil estudantes.
Claudio Morinido Ribeiro é o atual diretor da escola e preside chapa única na disputa. Para eles, o mais importante é o envolvimento dos adolescentes no processo democrático. "É fundamental para o exercício da democracia e muito importante para os alunos participarem desse processos".
Presidente de uma das sessões eleitorais, Hellen Kristini, do 3º ano do Ensino Médio, concorda. "É importante para a escola, para o nosso futuro", afirmou sobre a escolha do comando por meio de votação.
Mais detalhes - Depois da apuração, a comissão escolar vai disponibilizar o resultado por meio do Sistema de Apuração de Eleições. A expectativa é que o resultado final seja divulgado amanhã (4), com chapa vencedora e o candidato eleito.
O pleito vai escolher os dirigentes para os próximos quatro anos, começando a valer a partir do dia 1° de abril. A lista dos candidatos foi disponibilizada pela SED para consulta dos eleitores.
Para que os alunos e professores esclarecessem as dúvidas, foram realizados debates e apresentação de propostas pelos candidatos, que tiveram tempo igual de exposição.
Segundo o governo, 98 escolas não vão passar pelo pleito, tendo indicação direta do profissional pelo Executivo. São as escolas confessionais, aquelas que oferecem educação às pessoas privadas de liberdade, assim como as unidades indígenas, escolas de tempo integral, as chamadas (escolas) cívico-militares, centros de educação infantil, centros de educação de jovens e adultos.
