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Cidades

Área é ocupada por mais de 50 pessoas e barracos são removidos após denúncia

Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) usou trator para limpar o local

Caroline Maldonado e Mariely Barros | 09/02/2022 12:29
Famílias em área pública após remoção dos barracos. (Foto: Mariely Barros)
Famílias em área pública após remoção dos barracos. (Foto: Mariely Barros)

Alegando não ter condições de pagar aluguel, cerca de 50 pessoas ocuparam uma área na Rua Panonia, no Bairro Jardim Novos Estados, no último domingo (6). Após denúncias de moradores das imediações, os barracos foram derrubados hoje (9) por equipe da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano), com a utilização de um trator e apoio da GCM (Guarda Civil Municipal).

Conforme a Semadur, a remoção das instalações foi feita porque houve denúncia e como se trata de uma área pública, foram tomadas as medidas cabíveis, previstas na lei do Código de Polícia Administrativa. A retirada dos barracos ocorreu de forma pacífica, segundo a assessoria do órgão.

Luciana Gonzaga de Souza. (Foto: Mariely Barros)
Luciana Gonzaga de Souza. (Foto: Mariely Barros)

Desempregada e com três filhos, Luciana Gonzaga de Souza foi para o local, porque no próximo dia 15, tem que entregar a casa onde mora de aluguel. Ela conta que os ocupantes da área recebem alguns tipos de benefícios sociais, como LOAS e Bolsa Família, além de alimentos do Cras (Centro de Referência em Assistência Social).

“Mesmo assim, recebendo essa ajuda, não dá mais para pagarmos aluguel e nem financiamento de casa, por isso, estamos aqui”, disse.

Com três meses de aluguel atrasado e desempregada, Dayeny Martins, de 29 anos, tem 3 filhos, de 12, 9 e 3 anos de idade. Segundo ela, o objetivo é conseguir uma moradia popular. “Resolvi mudar, porque já estou há três meses sem conseguir pagar o aluguel. Nunca quis morar de graça, mas preciso de uma casa que eu consiga pagar a mensalidade”, comentou.

Dayeny Martins em área invadida. (Foto: Mariely Barros)
Dayeny Martins em área invadida. (Foto: Mariely Barros)

Dayeny disse que as famílias que estavam ali vão ocupar o local novamente. “Vamos montar de novo, porque não temos para onde ir. Estou há 12 anos esperando uma casa da prefeitura”, disse.

Sensibilizada com a situação, a vendedora Betânia Santana Leite, de 40 anos, mora próximo ao local. Ela conta que os ocupantes não causaram incômodo e até garantiram a limpeza da área.

“Essas famílias são pessoas muito simples, que não têm oportunidade de ter uma casa e com pandemia, ficou tudo mais difícil. Preferia eles aí, porque estavam limpando e tinha mais segurança”, comentou.

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