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Cidades

Associação de Medicina alerta para deficit de 41 leitos de UTI neonatal

Alerta faz parte das ações alusivas ao mês da prematuridade, o Novembro Roxo

Por Kamila Alcântara | 19/11/2024 15:35
Leitos de UTI Neonatal entregues na Maternidade Cândido Mariano, pela SES, em 2022 (Foto: Cyro Clemente)
Leitos de UTI Neonatal entregues na Maternidade Cândido Mariano, pela SES, em 2022 (Foto: Cyro Clemente)

Com o objetivo de aumentar a conscientização sobre os desafios enfrentados pelos bebês prematuros e suas famílias, a Amib (Associação de Medicina Intensiva Brasileira) divulgou que Mato Grosso do Sul enfrenta deficit de 41 leitos de UTI (Unidades de Terapia Intensiva) neonatal.

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Mato Grosso do Sul apresenta um déficit de 41 leitos de UTI neonatal, segundo levantamento da Amib (Associação de Medicina Intensiva Brasileira) realizado em 17 estados. O estado possui apenas 61 leitos públicos, correspondendo a dois leitos para cada mil nascidos vivos, inferior à recomendação de quatro leitos por mil. Essa deficiência, refletida também em outros estados, destaca a necessidade urgente de ampliação da estrutura de saúde para atender bebês prematuros, um problema que afeta diretamente a saúde dessas crianças vulneráveis e sobrecarrega o SUS.

O alerta faz parte das ações alusivas ao mês da prematuridade, o Novembro Roxo. Esse levantamento foi feito em 17 estados e mostrou que a quantidade está inferior ao recomendado, que é de quatro leitos por mil nascidos vivos.

Foram avaliados apenas a performance do setor público, ou seja, os leitos de UTI neonatal disponíveis para o SUS (Sistema Único de Saúde). Segundo a pesquisa, nenhum estado alcança o parâmetro recomendado pelos especialistas e somente 11 estados superam ou igualam a média nacional - Mato Grosso do Sul não é um deles.

Nosso Estado apresentou 61 leitos públicos, o que representa dois leitos para cada mil nascidos vivos, levando em consideração que 40,2 mil bebês nasceram em 2023. Pelos cálculos da pesquisa, é preciso a abertura de mais 41 acomodações para esse público.

Para a presidente da Associação, Patrícia Mello, todo país enfrenta desafios quando se trata de oferecer estrutura adequada para bebês prematuros. "A falta de leitos de UTI neonatal em algumas localidades, a desigualdade na distribuição de recursos e a sobrecarga do SUS são questões que afetam diretamente a saúde dessas crianças vulneráveis", destacou. O levantamento completo foi disponibilizado pela Amib neste link.

Determinação - No começo do mês,  3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, impôs, por agravo de instrumento, o cumprimento do pedido para criação de 77 leitos pediátricos nas unidades hospitalares de Campo Grande.

Com o levantamento, a promotoria orienta que o número de leitos necessários para atender suficientemente os recém-nascidos geraria em torno de 83 UTIs, 83 Ucinco e 41 Ucinca (Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal Canguru).

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