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Cidades

Brasil começa a vacinar contra a dengue nesta sexta, mas sem previsão para MS

Dourados deu início ao projeto, sendo a primeira cidade do Brasil a vacinar contra a doença

Por Izabela Cavalcanti | 08/02/2024 15:27
Vacina Qdenga, liberada para vacinação em Dourados (Foto: Rodrigo Pirola/Prefeitura de Dourados)
Vacina Qdenga, liberada para vacinação em Dourados (Foto: Rodrigo Pirola/Prefeitura de Dourados)

Mato Grosso do Sul ainda não tem previsão de iniciar a vacina contra a dengue, a Qdenga, em todos os municípios. Por enquanto, o que foi sinalizado pelo Ministério da Saúde é que a previsão de distribuição seja ainda em fevereiro.

Além de Dourados, que é a primeira cidade do Brasil a vacinar contra a doença e que deu início ao projeto, o Distrito Federal começa a vacinação na rede pública na sexta-feira (9).

O Ministério da Saúde escolheu o público entre 10 e 14 anos por terem a maior taxa de hospitalização por dengue, depois de pessoas idosas, para as quais a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) não liberou a Qdenga. O esquema vacinal é composto por duas doses com intervalo de três meses entre elas.

A secretária-adjunta da SES (Secretaria Estadual de Saúde), Christine Maymone, explicou que o Estado ainda aguarda a distribuição.

“Nós temos o único município do Brasil, que é Dourados, praticamente imunizando toda a sua população, mas estamos esperando a vacina ser distribuída para os 78 municípios do Estado para a faixa etária de 10 a 14 anos. A sinalização é o mês de fevereiro para a distribuição da vacina”, explicou.

O infectologista e pesquisador da Fiocruz, Julio Croda, informou que Dourados já vacinou 23 mil pessoas contra a doença, desde o dia 23 de janeiro. O município é o primeiro do Brasil a vacinar a população, com idade entre 4 e 59 anos. A expectativa é de imunizar cerca de 150 mil pessoas.

“Depois do Carnaval, deve iniciar a vacinação da população indígena, que ainda não foi vacinada, em Dourados. Em relação a Mato Grosso do Sul, todas as cidades vão receber doses de vacina pelo Ministério”, disse.

Sobre o início de vacinação em todo o Estado, ela afirma que ainda não tem data, mas que sua expectativa é de que depois do Carnaval se intensifique.

“Lógico que depende da liberação de qualidade, faz essa análise dos lotes e depois libera os lotes para a população. Minha impressão é que isso vai ocorrer depois do Carnaval. Então, acho que a campanha de vacinação no Brasil deve iniciar depois do Carnaval e com Mato Grosso do Sul não vai ser diferente”, pontuou.

Casos – Conforme Boletim Epidemiológico, divulgado pela SES, Mato Grosso do Sul tem seis municípios com alta incidência. Estão na lista Aral Moreira, Sete Quedas, Paranhos, Costa Rica, Coronel Sapucaia e Laguna Carapã.

Em todo o Estado, já foram registrados 2.058 casos prováveis e 310 confirmados. Pessoas entre 20 e 29 anos têm tido o maior percentual (21,50%) de casos prováveis.

Conforme a Secretaria de Saúde, 80% dos focos de proliferação do mosquito Aedes aegypti estão dentro das residências.

“Agora eu tenho que engajar a população, o Brasil como um todo está muito pior e os estudos técnicos estão predizendo a epidemia para o país como um todo. A gente não pode abaixar a guarda agora”, destacou Christine Maymone.

O boletim mostra que ainda não foi registrado nem um óbito, mas está em investigação o da assistente social Marcelly Almeida, de 33 anos, que morreu na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Coronel Antonino, de Campo Grande. A suspeita é que ela tenha sido a primeira vítima de dengue no Estado em 2024.

No ano passado, foram registradas 42 mortes, o mesmo de 2020. Os dois anos tiveram o maior número desde 2014, quando foram contabilizadas apenas quatro mortes.

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