Campanha não atinge meta e vacinação contra gripe será ampliada
Prioridade em imunizar público-alvo acaba nesta sexta-feira, em todo Brasil
A campanha nacional de vacinação contra a gripe e sarampo termina nesta sexta-feira (24), em Mato Grosso do Sul, e tinha como foco os grupos prioritários definidos pelo PNI (Plano Nacional de Imunizações). A expectativa é que, a partir desta etapa, seja liberado o uso das vacinas a quaisquer indivíduos acima dos seis meses de idade.
Conforme a SES (Secretaria Estadual de Saúde), cada município é responsável por sua estratégia. Em Campo Grande, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) ressalta que o cronograma ainda será definido, mas a previsão é de que esta fase tenha início na próxima segunda-feira (27).
Em reportagem do jornal CNN Brasil, o Ministério da Saúde confirmou que, partir de sábado (25), estados e municípios poderão ampliar a campanha à população em geral, enquanto durarem os estoques.
Segundo dados do governo federal, 1.068.980 doses de vacina contra a gripe foram distribuídas em território sul-mato-grossense, das quais 485.692 foram aplicadas. O público-alvo estimado é de 1.048.221 pessoas - ou seja, a cobertura vacinal foi de menos que a metade.
Estão inclusos crianças, trabalhadores da saúde, gestantes, puérperas, indígenas, idosos e professores. Já em relação à Capital, são 295.280 pessoas estimadas e 109.827 imunizantes foram aplicados - cerca de 37,2%.
Prevenção - Em publicação no site oficial de notícias do governo, o secretário estadual de Saúde, Flávio Britto, afirmou que o índice de vacinação contra a influenza esperado é de 90%. “Nós precisamos que a população se vacine, principalmente, que os idosos procurem as unidades de saúde para se imunizar.”
“Neste ano, o frio chegou mais cedo ao Estado e é importante que todos os públicos estejam protegidos. Nós pedimos que os pais também levem as crianças para se vacinar, menores de cinco anos, tanto para Influenza quanto o Sarampo. Protejam o que nós temos de mais precioso que são as nossas crianças.”
O médico infectologista Rodrigo Nascimento explica que o uso de imunizantes deve ser feito em grande escala para que haja redução de casos das doenças. "Tem que fazer uma campanha vacinal o mais rápido possível e na maior quantidade de pessoas possível. Tem que ser massificada, como aconteceu em algumas doenças que já foram erradicadas, como poliomielite, sarampo ou varíola.”
Em relação à campanha de vacinação contra o sarampo, o público-alvo são crianças de seis meses a menores de cinco anos - cerca de 193,4 mil crianças sul-mato-grossenses. Até o começo do mês, havia 29% deste grupo vacinado.