Carlos Augusto Melke é empossado presidente do Hospital São Julião
Ele foi eleito por membros da diretoria, com mandato de dois anos
Carlos Augusto Melke tomou posse da presidência do Hospital São Julião, na última quinta-feira (21). Ele assumiu o posto ocupado por Geraldo Maiolino, que comandou a unidade por 14 meses.
O novo presidente foi escolhido através de votação entre os membros da Associação de Auxílio e Recuperação dos Hansenianos, organização que administra o Hospital. Agora, seu mandato segue até 2024.
Engenheiro civil, Melke já foi presidente da Sanesul (Empresa Estadual de Saneamento de Mato Grosso do Sul), entre outras ocupações no serviço público.
Em seu discurso de posse, Melke afirmou que quer respeitar e usar como peça fundamental a história do Hospital, que já tem 81 anos de história.
“Reafirmo o solene compromisso de plena dedicação e total empenho para em honra da magnífica história escrita até aqui edificarmos juntos um novo e prodigioso capítulo desta Instituição”, relatou.
Na posse estiveram presentes o presidente da Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul), Paulo Correia, o Secretário Estadual de Saúde, Flávio Brito, o Arcebispo Dom Dimas e o Padre José Marinoni, diretor da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco).
Atendimentos - Só no primeiro semestre deste ano, foram realizados 10 mutirões de consultas no Hospital São Julião, onde foram atendidos mais 650 pacientes.
Em média, são mil procedimentos cirúrgicos por mês, entre cirurgias oftalmológicas, cirurgias gerais, vasculares e de otorrino. Em junho, foram 260 procedimentos na cirurgia geral, sendo a maioria por vídeo, que trazem benefício ao paciente, com uma recuperação muito mais breve.
Em 2019, antes da pandemia da covid-19, foram 27 mil procedimentos pelo SUS (Sistema Único de Saúde). A expectativa para este ano é ultrapassar a marca dos 34 mil procedimentos.
História - A unidade foi inaugurada em 1941, no formato dos antigos “asilos-colônias”, criados para isolar pacientes diagnosticados com hanseníase. Como ainda não existia tratamento adequado e a doença era muito contagiosa, os pacientes eram afastados da sociedade e passavam a viver nestas colônias.
Com o passar dos anos, o hospital ficou abandonado com a falta de interesse público em investir no local. Só a partir de 1969, voluntários italianos da Operação Mato Grosso passaram a trabalhar na unidade e recuperaram São Julião. Foi formada então a Associação de Auxílio e Recuperação dos Hansenianos, que compõe a diretoria até hoje.