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Cidades

Chuva de 1h faz rua virar rio no Santo Antônio e moradores ficam ilhados

Moradora precisa esperar cerca de 30 minutos para a água abaixar e conseguir sair de casa

Fernanda Palheta | 20/02/2020 16:06
Moradores da região não conseguiram atravessar a Avenida Capibaribe, no Santo Antônio (Fotos: Reprodução)
Moradores da região não conseguiram atravessar a Avenida Capibaribe, no Santo Antônio (Fotos: Reprodução)

Ruas do bairro Santo Antônio, na região oeste de Campo Grande, viraram "rio" depois da chuva de cerca de uma hora no início da tarde desta quinta-feira (20). Com a água cobrindo as rodas dos carros, moradores ficam ilhados enquanto esperam o volume diminuir.

Moradora da Rua Taquari esquina com a Rua Leônidas de Matos, enviou imagens do lugar, mas não quis se identificar. Ela conta que precisou esperar cerca de 30 minutos para a água abaixar e conseguir sair de casa.

"Eu moro nesta rua há 32 anos e sempre passo por isso. A chuva castiga a gente e o poder público não faz nada. Hoje com essa chuva torrencial minha varanda virou um mar", reclama. Segundo ela, há cerca de 10 anos a água invadiu a casa e ela perdeu vários móveis. "Estante, sofá e até colchão", conta.

Segundo a moradora, o problema não é apenas o alagamento. "Sempre que alaga não é só a água que entra em casa, é a sujeira também e nunca vieram desentupir bueiros. Depois da chuva ainda tem a invasão de insetos e bichos", relata.

Para diminuir o problema, a moradora conta que precisou fazer adaptações na casa como construir rampas e trocar o portão da casa, mas mesmo assim a água da chuva continua invadindo. "Além disso minha casa está rachando por dentro, rachaduras que foram causadas por infiltrações da chuva", afirma.

A cerca de dois quilômetros esquina entre as ruas Taquari e Leônidas de Matos, na Avenida Capibaribe, moradores, que não quiseram se identificar, contaram que precisaram mudar o trajeto para consegui atravessar a região.

Outro lado - Em nota, a Prefeitura de Campo Grande, explicou que bairro tem um lençol freático aflorado e muitas casas foram construídas abaixo do nível das ruas o que provoca alagamentos.

"A situação se agravou após todos os bairros acima da Avenida Júlio de Castilho terem sido pavimentados, o que impermeabilizou o solo, aumentou a velocidade da água que deságua no Santo Antônio, onde o sistema de drenagem é insuficiente para captar e escoar toda a enxurrada", detalha.

Conforme a Prefeitura, um projeto, em fase de estudo, prevê a construção de um piscinão na área do campus do Instituto Federal e a água bombeada para a cabeceira do Córrego Lagoa, que fica dentro da Base Aérea. As obras para o escoamento das águas pluviais nesta região do depende de recursos federais ou financiamento.

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