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Comportamento

Após acidente, mãe vive à espera de um milagre: “Nosso sonho é que ela acorde”

Advogada de 32 anos ficou em estado vegetativo após queda de bicicleta, em dezembro do ano passado

Por Bruna Marques | 29/04/2025 09:22
Após acidente, mãe vive à espera de um milagre: “Nosso sonho é que ela acorde”
Daiene ao lado da mãe, Vilma, em foto publicada pela vítima em sua página do Instagram antes do acidente (Foto: Reprodução/Redes sociais)

O que era para ser apenas um momento de lazer e descontração transformou completamente a vida família da advogada Daiane Vasconcelos, de 32 anos. No fim da tarde de 8 de dezembro de 2024, ela caiu sozinha enquanto pedalava no Parque dos Poderes, em Campo Grande. Ela gravava um vídeo para suas redes sociais quando perdeu o controle e bateu com o rosto no chão. Desde então, Daiane está em estado vegetativo.

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Advogada de 32 anos está em estado vegetativo após acidente de bicicleta em Campo Grande. Daiane Vasconcelos caiu enquanto pedalava no Parque dos Poderes em dezembro de 2024 e, desde então, não recobrou a consciência. Sua mãe, Vilma Rocha, deixou sua cidade para cuidar integralmente da filha, que precisa de fisioterapia intensiva e outros cuidados. A família enfrenta dificuldades financeiras para arcar com os custos do tratamento, que chegam a R$ 4.500 mensais, além de despesas como aluguel e alimentação. Apesar do acompanhamento do SUS, a família busca na Justiça um tratamento mais completo e conta com uma vaquinha virtual para custear as despesas. Amigos e familiares seguem com esperança na recuperação de Daiane, que recentemente completou mais um ano de vida.

Cinco meses se passaram, e a rotina da mãe de Daiane, Vilma Rocha de Abreu, 57 anos, virou de cabeça para baixo. Trabalhadora rural, ela deixou a cidade de Rio Brilhante para morar em Campo Grande, no Bairro Tiradentes, e dedicar-se exclusivamente aos cuidados da filha. “Foram cinco meses de mudança total. A gente vive na esperança de que ela vai acordar. É o nosso maior desejo: vencer essa etapa da vida”, afirma com a voz embargada.

Antes do acidente, Daiane morava no Bairro Vilas Boas com o filho de 15 anos. Mãe solo, era ela quem sustentava o lar. Após o ocorrido, o adolescente passou a viver com o pai, mas visita a mãe com frequência. “Ela era uma mulher determinada, estudiosa, sempre lutou para dar uma vida melhor ao filho e para ajudar a família”, lembra Vilma.

Agora, a mãe vive exclusivamente para cuidar da filha. São dias e noites inteiros ao lado do leito, oferecendo o carinho e a atenção que Daiane precisa, mesmo sem resposta consciente. “Ela não tem ideia do que está acontecendo. Vive sem saber do mundo ao redor, e isso dói muito”, relata.

Apesar dos esforços, os desafios financeiros são grandes. A família gasta em média R$ 4.500 por mês com fisioterapia — realizada apenas uma vez ao dia, embora o ideal fossem três sessões diárias. Além disso, arca com despesas fixas como aluguel (R$ 1.100), água e luz (cerca de R$ 500), além dos materiais essenciais, como fraldas e alimentação por sonda. A sonda, inclusive, é obtida por meio de doações.

Após acidente, mãe vive à espera de um milagre: “Nosso sonho é que ela acorde”
Essa é Daiane antes e depois do acidente de bicicleta. À esquerda, em uma foto publicada nas redes sociais; à direita, a advogada já em estado vegetativo, acamada (Foto: Reprodução)

Uma equipe do SUS (Sistema Único de Saúde) oferece acompanhamento semanal, com visitas de médico, enfermeiro e fisioterapeuta. No entanto, o suporte ainda está longe de atender à complexidade do quadro clínico. Por isso, a família entrou na Justiça para garantir um tratamento mais completo e contínuo. Também foi criada uma vaquinha virtual, que busca arrecadar recursos para custear os cuidados.

No último domingo, Daiane completou mais um ano de vida. Amigos fizeram questão de visitá-la, levando carinho e presença. “Foi um dia muito triste para todos nós. Ela é muito querida, e todos torcem por sua recuperação”, conta a mãe.

Em meio à dor, a fé e a esperança seguem como os pilares da família. “Meu sonho hoje é que ela acorde, que possa voltar a cuidar do filho dela. Que volte a sorrir, viver... Ela sempre foi uma pessoa generosa, determinada, com um coração enorme. Não merecia isso. Mas eu acredito que Deus pode nos dar esse milagre”, diz Vilma.

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