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Cidades

Com 8 mortes em 2022, MS é 14º estado mais perigoso aos LGBTQIA+

Campo Grande, onde 4 crimes foram identificados, figura como o 10º município brasileiro com mais óbitos

Jhefferson Gamarra | 23/01/2023 17:18
Caminhada LGBTQIA+ realizada em Campo Grande (Foto: Kísie Ainoã)
Caminhada LGBTQIA+ realizada em Campo Grande (Foto: Kísie Ainoã)

Mato Grosso do Sul ocupa a 14ª posição do ranking de unidades da federação com mais registros de mortes de pessoas LGBTQIA+ em 2022. De acordo com dados divulgados pelo observatório GGB (Grupo Gay da Bahia), que monitora anualmente os registros de violência contra a população, somente no ano passado, oito ocorrências de mortes violentas foram registradas no Estado.

Em números absolutos, o Estado ficou à frente, por exemplo, de Goiás, que tem quase três vezes mais habitantes. Os estados com menor número de óbitos foram Roraima e Rondônia na região Norte, e Rio Grande do Sul e Santa Catarina na região Sul, cada um com dois casos.

Campo Grande, onde quatro dos crimes violentos foram identificados, figura como o décimo município brasileiro com o maior quantitativo de óbitos. Ao todo, 155 cidades do País tiveram casos notificados pelo levantamento, que obtém as informações através da coleta de fatos noticiados pela mídia.

A posição da Capital chama atenção no ranking, ainda mais se comparada com São Paulo, que possui 13 vezes mais quantidade de habitantes e em 2022 registrou uma morte violenta a mais que Campo Grande. Rio de Janeiro e Belo Horizonte, que também possuem população consideravelmente maior, registaram cinco mortes cada.

Ao todo, no Brasil, foram 256 LGBTQIA+ vítimas de morte violenta no ano passado; 242 deles foram homicídios e 14 suicídios. A média de mortes de LGBTQIA+ é de 0,13 a cada 100 mil habitantes. A título de comparação foi como se uma morte acontecesse a cada 34 horas. As regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste têm praticamente o dobro dessa média.

Armas de fogo são usadas na maioria dos crimes contra este público, ocupando 29,6% dos registros. Os demais métodos utilizados pelos autores contra a população LGBTQIA+ são armas brancas (25,7%), asfixia, espancamento, apedrejamento, esquartejamento e até mesmo atropelamento proposital.

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