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Cidades

Com academias fechadas, turmas são convocadas para exercícios ao ar livre

Profissionais relatam o aumento na procura por atividades alternativas após o decreto estadual

Jhefferson Gamarra | 27/03/2021 12:51
Família mudou rotina de treinos da academia para a Orla Morena (Foto: Paulo Francis)
Família mudou rotina de treinos da academia para a Orla Morena (Foto: Paulo Francis)

O novo decreto de isolamento em Mato Grosso do Sul, baixado para conter o avanço dos casos de covid-19, manteve a proibição da abertura de academias e outros serviços não essenciais até o dia 4 de abril. O jeito então é ir para a modalidade  "ar livre" para não perder alunos. Os treinos funcionais agora se espalham pela cidade, em locais como altos da Afonso Pena e Orla Morena

O instrutor Ricardo Hoffmann, que antes mantinha turmas de treinamento dentro da academia, passou a usar espaços públicos para seguir trabalhando. A diferença em relação a março do ano passado, quando tudo também fechou, é que desta vez os alunos estão mais dispostos a encarar a preparação na rua. Quem participa garante: está mantendo a distância social e o uso de máscara.

“Dobrou a quantidade de alunos, no ano passado a primeira vez em que o decreto proibiu a abertura de academias a procura por treinos teve uma queda, mas dessa vez aumentou uns 60%, os alunos não querem parar, eles mesmo sugeriram buscar local aberto, em locais públicos e também na área externa de condomínios para seguir com o treinamento”, diz o instrutor.

Hoffmann garante que seguindo protocolos de biossegurança e com turmas reduzidas, os profissionais de educação física podem se reinventar para amenizar os impactos da pandemia. “Os profissionais que não ser adaptarem perde espaço, com treino alternativo e até sem equipamentos, com o peso do próprio corpo dá para fazer treinamentos. Para evitar consequências da covid dou preferência por família, turmas reduzidas e higienização dos materiais. Até hoje não houve casos de covid nas turmas ao ar livre”, garante.

Acostumada com exercícios dentro da academia, aluna se adpatou facilmente a nova realidade de treinamento (Foto: Paulo Francis)
Acostumada com exercícios dentro da academia, aluna se adpatou facilmente a nova realidade de treinamento (Foto: Paulo Francis)

Treinando em família, Fernanda Abrego, 23, apostou na atividade física fora da academia e aprovou a medida. “É nossa única alternativa, não dá pra ficar parado porque perde o ritmo. Gostei de fazer ao livre passa segurança para todos. Eu treino em família, todos de máscara, moramos todos na mesma casa, o professor é a única pessoa de fora. Substituiu muito bem a ausência da academia”, diz.

Há oito anos como instrutor dentro de uma academia, o personal treinner David Leoni passou a ministrar treinamentos fora da academia recentemente devido a pandemia. Mesmo após passar o período de restrições, o profissional pretende manter as atividades externas.

“Comecei as aulas ao ar livre agora com a pandemia, existem vários métodos de treinamentos em locais externos dependendo de cada objetivo do aluno. Dou preferência para os treinamentos individuais com o aluno sempre de máscara. O importante é não perder o ritmo pois o exercício é essencial para imunidade e bem-estar”, afirma.

Instrutor garante que mesmo após a liberação para funcionamento das academias seguirá com treinamento ao ar livre (Foto: Paulo Francis)
Instrutor garante que mesmo após a liberação para funcionamento das academias seguirá com treinamento ao ar livre (Foto: Paulo Francis)

Mesmo com as academias fechadas, Mato Grosso do Sul não adotou uma proibição às atividades ao ar livre, portanto caminhada, corrida, ciclismo e outras atividades podem ser praticadas respeitando o horário do toque de recolher, às 20h nos dias de semana e às 16h aos sábados e domingos.

Ainda que pareça uma saída permitida, para o bem da própria saúde, a prática de atividades físicas ao ar livre em meio a pandemia só é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) caso seja realizada com o uso de máscaras e respeitado o distanciamento físico de até dois metros para evitar a propagação do vírus.

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