Com bloqueios em rodovias, postos podem limitar venda de combustível em MS
Sinpetro avalia que não é necessário pânico e que situação deve ser normalizada até quarta-feira
A venda de gasolina, etanol ou diesel direto no posto de combustíveis ao consumidor poderá ser limitada em Mato Grosso do Sul, devido aos bloqueios em estradas promovidos por apoiadores do candidato à presidência derrotado nas urnas, Jair Bolsonaro (PL). O comunicado autorizando a limitação foi emitido na tarde desta segunda-feira (31).
O Sinpetro-MS (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes de Mato Grosso do Sul) informou que pode haver um atraso no abastecimento dos postos de combustíveis, principalmente no interior do Estado, devido ao problema logístico acarretado pelo bloqueios das rodovias.
De acordo com o presidente do sindicato Edson Lazaroto, apesar da limitação, não há motivos para pânico ou formação de grandes filas nos postos em busca de combustíveis, uma vez que a situação deve ser normalizada até a próxima quarta-feira.
“Os postos do interior estão com dificuldades em receber combustíveis devido à situação de bloqueio nas rodovias. Por isso, solicitamos essa situação de emergência. Na Capital não está tendo nenhum problema e não há motivos para pânico ou formação de filas em postos. Até quarta-feira tudo deve estar normalizado”, concluiu Lazaroto.
A medida está sendo acompanhada pelo Procon-MS (Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor), que considerou a limitação no abastecimento uma ação de emergência para atender o maior número de consumidores possível.
“Tendo em vista a situação de não fornecimento de combustível das distribuidoras para os postos revendedores, os postos podem sim limitar a quantidade de litros
à comercialização. Uma limitação razoável, é claro, para atender o maior número de consumidores”, reforçou o superintendente do Procon de Mato Grosso do Sul, Rodrigo Vaz.
A limitação ficará a critério de cada posto, considerando seu estoque. Os empresários que optarem pela limitação terão que deixar exposto nas bombas um aviso com a quantidade máxima de litros que poderão ser abastecidos.
O aumento no preço neste momento será considerado como abusivo pelo Procon, devido à situação de emergência. Os postos que optarem por aumentar o valor de revenda estarão sujeitos à fiscalização e autuação do órgão de defesa do consumidor.
Desabastecimento de gás – O sindicato do gás em Mato Grosso do Sul informou que está acompanhando a situação do setor e os impactos provocados pelos bloqueios, uma vez que o estoque nas engarrafadoras tem duração de no máximo 2 dias.
“Como ainda não temos informações concretas do tempo que vão durar essas barreiras nas estradas, o estoque nas engarrafadoras é de no máximo dois dias. Com a continuação desse protesto corremos o risco de um desabastecimento no Estado. Estamos em contatos com os órgãos fiscalizadores, para um trabalho em conjunto preventivo, e assegurar o direito do consumidor de ter esse produto até sua casa com segurança e preço justo”, informou o Vilson de Lima, presidente do sindicato.