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“Com coração dilacerado”, mãe pede ajuda para encontrar filho desaparecido

Gilberto Alves fugiu de casa pela 2° vez no dia 14; na primeira vez que sumiu, ele andou mais de 300 km

Geniffer Valeriano | 19/06/2023 17:36
Gilberto sumiu no dia 15 de julho. (Foto: Arquivo Pessoal)
Gilberto sumiu no dia 15 de julho. (Foto: Arquivo Pessoal)

Desde o dia 14 de junho, a mãe Márcia Bento, de 46 anos, está vivendo com o “coração dilacerado” em busca do filho que fugiu de casa. Gilberto Alves Bento Filho, de 26 anos, já havia sumido no início do mês, mas um dia e meio após ser encontrado, desapareceu novamente.

Ao Campo Grande News, Márcia contou que o filho morava com os avós na cidade de Andradina, em São Paulo. Gilberto, que também atende pelo apelido de Bart, foi diagnosticado com transtorno afetivo bipolar aos 16 anos e, meses antes de fugir pela primeira vez, havia parado de usar os medicamentos do tratamento e já vinha mostrando mudança de comportamento.

“Depois de tomar um banho bem demorado, de 1h30 mais ou menos, ele saiu e não vimos mais. Aí fizemos todo o procedimento. Esperamos um pouco mais de 24h, porque como ele já vinha saindo e ficando 18h, 12h fora de casa, a gente deu um tempo para não banalizar, né? Essa coisa de registrar, vai atrás...”, relembrou a mãe.

Mesmo não fazendo o boletim de ocorrência imediatamente, Márcia diz que registrou o desaparecimento de Gilberto no ‘Sinal Desaparecidos’, no site da PRF (Polícia Rodoviária Federal). Foi através desse registro que conseguiram reconhecê-lo no dia 11, enquanto ele passava por um posto dos policiais em Nova Casa Verde, distrito de Nova Andradina.

O distrito em Mato Grosso do Sul fica a cerca de 282 km da cidade paulista, onde ele morava. Para realizar esse percurso a pé, Gilberto precisaria caminhar por aproximadamente dois dias.

Gilberto e Márcia após chegarem em casa. (Foto: Arquivo Pessoal)
Gilberto e Márcia após chegarem em casa. (Foto: Arquivo Pessoal)

“Eles fizeram o acolhimento dele, era uma coisa assim, por mais que fosse de forma coercitiva, mas não poderiam obrigá-lo se ele quisesse se evadir, né? Então foi um momento bem tenso, porque até a gente chegar de São Paulo até ali eles agiram com toda cautela, todo acolhimento, atenderam, ficaram com ele até que a gente chegasse na madrugada de domingo para segunda”, disse a Márcia.

Assim que conseguiu encontrar Gilberto, a mãe o trouxe até um hospital de Campo Grande, para consulta e internação. Enquanto Márcia ainda estava mexendo com as documentações, seu filho já mostrava que não queria ficar ali, por isso achou melhor ir para a casa de sua sogra.

Por estar muito debilitado, nos dois primeiros dias, Gilberto ficou a maior parte do tempo na cama e não conversava com a família. Aproveitou o momento em que os avós se arrumavam para fugir novamente. Desde então, a família não recebeu mais nenhuma notícia dele.

“Foi frustrante, porque foram oito dias de tanta busca, dez dias que a gente conseguiu chegar a encontrá-lo e tudo, passado um dia e meio a gente perde ele de volta. Eu tenho buscado estar serena, porque essa serenidade é necessária para que eu possa saber quais são os meios que eu posso acionar os nossos contatos para compartilhar o desaparecimento, mas também como mãe estou com o coração dilacerado”, relatou.

Agora, a família torna a fazer procurar Gilberto. Márcia pede que quem tiver informações entre em contato com ela pelo telefone (61) 98162-2304 ou direto com a polícia através do 190.

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