Com enxadas e facões, acampados marcham pedindo volta da reforma agrária em MS
Eles ocupam uma das faixas da Avenida Costa e Silva neste momento, o que deixa o trânsito lento na região
Cerca de 600 pessoas marcham agora na Avenida Costa e Silva, em Campo Grande, em direção à sede do Incra (Instituto Nacional da Reforma Agrária) na Capital, localizada no Bairro Vila Glória. Elas ocupam uma das faixas da via, o que causa lentidão no trânsito na região nesta manhã (16).
Segurando enxadas e facões, os manifestantes seguem atrás de um trio elétrico e de faixa com a frase: "Plantar, resistir e construir reforma agrária popular". Conforme apurou a reportagem, todos fazem parte do MPL (Movimento Popular de Luta) e saíram de acampamentos montados em áreas de Campo Grande, na saída para Ribas do Rio Pardo, e em municípios como Naviraí, Eldorado e Antônio João.
O dirigente estadual do movimento, Claudinei Monteiro, afirma que a manifestação reivindica a criação de assentamento para as famílias de Mato Grosso do Sul. "O Estado teve um processo por muito tempo bloqueado e retido e hoje a gente está nessa marcha para ir ao Incra pedir a retomada da reforma agrária", falou.
Por enquanto, não há agentes de trânsito e policiais acompanhando os manifestantes. Por volta das 8h, eles chegaram à sede do Incra, localizada na Rua Jornalista Belizário Lima, e aguardam a chegada do superintendente do instituto no Estado, Paulo Roberto da Silva.
No ano passado, integrantes do mesmo movimento bloquearam a BR-163, causando bloqueio na rodovia. O pedido, na ocasião, era o fortalecimento do Incra.
Plano federal - Ontem (15), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou o início do programa Terra da Gente, que vai destinar terras para a reforma agrária no país.
A proposta é sistematizar alternativas legais de obtenção de terras para a reforma agrária, além das formas tradicionais, como a desapropriação de áreas improdutivas e a regularização de terras públicas.
A meta do plano até 2026 é incorporar pelo menos 295 mil novas famílias ao Programa Nacional de Reforma Agrária. O governo prevê 73,2 mil famílias assentadas ainda este ano, 81 mil no ano que vem e 90,5 mil em 2026, último ano da atual gestão.
Matéria editada às 8h21 para acréscimo de informação*
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