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Cidades

Com ordem de prisão em MS, operação da PF atinge núcleo financeiro do PCC

Foram bloqueadas 400 contas bancárias suspeitas de movimentarem R$ 1 milhão por mês

Aline dos Santos | 06/08/2019 07:32
Bilhetes entram e saem de presídios por meio de visitantes, permitindo que crimes continuem. (Foto: PF/Divulgação)
Bilhetes entram e saem de presídios por meio de visitantes, permitindo que crimes continuem. (Foto: PF/Divulgação)

A PF (Polícia Federal) deflagrou hoje (dia 6) a operação Cravada, que combate o núcleo financeiro da fação criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Um dos alvos da ação é Dourados, onde será cumprido mandado de prisão em presídio.

A ação, que é coordenada pela polícia do Paraná, cumpre 30 mandados de prisão e 55 mandados de busca e apreensão. A operação acontece em MS, Paraná, São Paulo, Acre, Roraima, Pernambuco e Minas Gerais. Dos 30 mandados de prisão, 8 serão cumpridos em presídios, sendo 3 em São Paulo, 1 no Mato Grosso do Sul e 4 no Paraná. Foram bloqueadas 400 contas bancárias suspeitas no Brasil.

A investigação começou em fevereiro de 2019, a partir de informações sobre a existência de um núcleo financeiro da facção criminosa estabelecido na Penitenciária Estadual de Piraquara (PR).

O núcleo é responsável por recolher e gerenciar as contribuições para a facção criminosa em âmbito nacional. Os pagamentos, também chamados de rifas, eram repassados ao PCC por meio de contas bancárias e de maneira intercalada, recurso para dificultar o rastreamento. A investigação indica a circulação de aproximadamente R$ 1 milhão por mês nas diversas contas utilizadas.

Os valores que transitavam entre as contas bloqueadas eram utilizados para pagar a aquisição de armas de fogo e de entorpecentes para a facção, além de custear transporte e manutenção da estadia de integrantes e familiares de membros da organização criminosa em locais próximos a presídios. No mês de junho, a PF de Campo Grande fez operação em seis casas de apoio à facção.

São investigados crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e organização criminosa. O nome da operação faz referência à jogada de xadrez em que uma peça, quando ameaçada de captura pela peça adversária, fica impossibilitada de se mover, em razão de haver uma peça de maior valor em risco. A ação envolve 180 policiais federais e as ordens judiciais foram expedidos pela Vara Criminal de Piraquara (PR).

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