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Cidades

Combate a incêndios no Pantanal terá mais 200 bombeiros temporários em 2025

Reforço foi anunciado durante a live nesta quinta-feira (4) que divulga o boletim semanal operação no bioma

Por Fernanda Palheta | 04/07/2024 09:32
Militares do Corpo de Bombeiros atuando no combate a incêndios no norte do Rio Abobral, na região da Nhecolândia (Foto: CBMMS/ Divulgação)
Militares do Corpo de Bombeiros atuando no combate a incêndios no norte do Rio Abobral, na região da Nhecolândia (Foto: CBMMS/ Divulgação)

Mais 200 bombeiros deverão reforçar as medidas de combate a incêndios no Pantanal em 2025. O efetivo adicional será formado por militares temporários, conforme anunciou o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, na manhã desta quinta-feira (4), durante a live que divulga o boletim semanal Operação Pantanal.

“A ideia é um efetivo de 200 homens e mulheres adicionais, que vão contribuir muito no próximo ano”, disse o titular da Semadesc.

Os quadros temporários estão previstos Lei Orgânica Nacional das Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares dos Estados, sancionada em dezembro do ano passado. Para que a modalidade faça parte do efetivo sul-mato-grossense, o Governo do Estado enviou à Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) o Projeto de Lei n° 146/202

Ao Campo Grande News, o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militares de Mato Grosso do Sul, coronel Frederico Reis Pouso Salas, explica que com os temporários o Governo poderá aumentar o efetivo de forma mais rápida para atender a demanda sazonal. “Eu posso contratar para um episódio adverso. A ideia é aumentar a capacidade de atendimento da corporação sem impactar nas finanças da previdência”, explicou.

Segundo ele, o processo seletivo de temporários tem a obrigação de capacitar e treinar os contratados. “Teremos mão de obra especializada que irá reforçar as guarnições. O curso básico para combate a incêndio florestal são 15 dias direto de atividades, com um processo seletivo mais célere conseguimos implementar esse reforço entre 30 e 35 dias”, detalha.

O coronel compara com o tempo de convocação e treinamento dos concursados. “A capacitação de um soldado de carreira é de nove meses. Hoje, por exemplo, temos 187 alunos que vão se formar em novembro deste ano e fazem parte do último certame de 2019/2020. Estamos reduzindo de nove meses para 15 dias”. Segundo ele, os novos bombeiros de carreira devem integrar a corporação em janeiro do próximo ano.

Questionado se os quadros temporários inferiores aos militares de carreira, o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, afirmou eu não e justificou que a ideia é que eles atuem como reforço. “Eles terão treinamento básico e não atuarão sozinhos, sempre serão auxiliares. Hoje eu tenho 135 homens e mulheres no Pantanal, como efetivo anunciado hoje, esse número subiria para 335. Nas operações por exemplo terão dois militares de carreira e dois temporários”, disse.

O salário também será proporcional. Enquanto um militar de carreira tem salário inicial de aproximadamente R$ 5.300,00 o temporário deverá receber cerca de R$ 3.800,00. “Temporário é auxiliar, mão de obra de apoio”, justifica.

Segundo o coronel, a corporação do Corpo de Bombeiros é composta por 1.570 militares. “A Lei limita que os temporários não podem ultrapassar 50% do efetivo de carreira. Se o número de efetivos diminui, o de temporários também”. O projeto de lei em tramitação na Assembleia prevê duas formas de contratação, por meio de processo seletivo simples.

A primeira é a contratação de longo prazo, nesta modalidade o período inicial é de um ano, podendo ser prorrogado por mais um ano. O prazo máximo, neste caso é de anos de permanência. A segunda modalidade é a contratação sazonal específica, com previsão de seis meses, para atender demandas sazonais, sem possibilidade de renovação.

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