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Cidades

Em 1 ano, cartórios registram aumento de 131% em mudanças de sexo

Em 2024, 42 pessoas trans fizeram a retificação do gênero, conforme pesquisa da Arpen/MS

Por Jéssica Fernandes | 29/01/2025 11:24
Em 1 ano, cartórios registram aumento de 131% em mudanças de sexo
Certidão com a retificação de nome e gênero de pessoas trans. (Foto: Marcos Maluf)

Mato Grosso do Sul registrou aumento de 131% no número de pessoas que alteraram seu sexo diretamente nos cartórios de registro civil. No ano passado, ao todo, 42 pessoas mudaram a identidade de gênero, sendo 28 de feminino para masculino e 14 de feminino.

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Em Mato Grosso do Sul, o número de pessoas que alteraram seu sexo em cartórios aumentou 131% em um ano, com 42 mudanças registradas em 2024. Desde que o STF simplificou o processo em 2018, permitindo alterações sem autorização judicial, o crescimento nacional foi de 4.300%. O procedimento requer documentos pessoais e certidões judiciais. A campanha 'TRANSformando Histórias' da Defensoria Pública ajudou 50 pessoas a obter certidões retificadas em Campo Grande.

Conforme os dados da Arpen/MS (Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais de Mato Grosso do Sul), apenas duas alterações de nome, sem alteração no gênero, foram identificadas em 2024. O número é menor em comparação às quatro registradas em 2023.

A nível nacional, a partir de dados extraídos do Portal da Transparência do Registro Civil, 44 mudanças foram feitas, um número maior que os 19 feitos em 2023. Quando comparada desde o início da permissão desta alteração em cartórios, em 2018, o crescimento chega a 4.300%.

Em 2018, o STF (Supremo Tribunal Federal), regulamentada pelo Provimento nº 73 do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), simplificou o processo que permite a alteração de nome e gênero diretamente nos cartórios sem a necessidade de autorização judicial, laudos médicos ou cirurgias.

Como fazer - Para realizar o procedimento de alteração de gênero e nome em cartório é necessário a apresentação de todos os documentos pessoais, comprovante de endereço e as certidões dos distribuidores cíveis, criminais estaduais e federais do local de residência dos últimos cinco anos, além das certidões de execução criminal estadual e federal, dos Tabelionatos de Protesto e da Justiça do Trabalho.

Na sequência, o oficial de registro deve realizar uma entrevista com o (a) interessado. A Arpen-Brasil editou uma cartilha completa de orientação aos interessados, que podem acessar no link.

Certidão - Em 2024, em Campo Grande, a campanha ‘TRANSformando Histórias’ da Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso do Sul viabilizou o processo da certidão retificada com nome e gênero alterados conforme a escolha de pessoas transexuais.

Lançada no primeiro trimestre do ano passado, ação da Defensoria Pública atendeu 50 pessoas com apoio de outros órgãos do Estado, entre eles a Anoreg (Associação dos Notários e Registradores) e a SEC (Secretaria Estadual de Cidadania) e o TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) e MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).

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