Em mata-mata, auditor fiscal e servidora disputam vaga de procurador do trabalho
De 150 a 2 candidatos: 3ª etapa da prova ocorre hoje; remuneração inicial é de R$ 37.731
Em “mata-mata”, pelo cargo de procurador do trabalho, Kleber Pereira, de 48, e Kianne Cavalcanti, de 33, são os selecionados do exame em Mato Grosso do Sul e disputam a terceira fase do 23º Concurso Federal para Procurador do Trabalho. A prova prática começou na manhã deste domingo (23), em Campo Grande, e tem duração de 5 horas.
RESUMO
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Dois candidatos, um auditor fiscal do trabalho de 48 anos e uma servidora do TRT de 33 anos, disputam uma das três vagas para procurador do trabalho em concurso federal. A prova prática, terceira fase do 23º Concurso Federal para Procurador do Trabalho, foi realizada neste domingo em Campo Grande, com duração de 5 horas. O certame, que começou com 150 candidatos, oferece vagas em Teófilo Otoni (MG), Marabá (PA) e Boa Vista (RR), com remuneração inicial de R$ 37.731,81. Kleber Pereira, auditor fiscal, tenta pela 19ª vez, enquanto Kianne Cavalcanti, ex-estagiária do Ministério do Trabalho, concilia a preparação com a maternidade. A próxima etapa será a prova oral, prevista para maio de 2025, com resultado final programado para 20 de maio.
A disputa começou com 150 candidatos, mas foi reduzindo ao longo das fases. Ao todo, os concurseiros 'brigam" por três vagas, distribuídas nas cidades de Teófilo Otoni, Minas Gerais, Marabá, Pará e Boa Vista, Rondônia. A remuneração inicial para o cargo é de R$ 37.731,81.
De acordo com o edital, além dessas vagas que são de caráter ‘imediato’, outras podem surgir ao longo do prazo de validade do concurso, que é de dois anos, prorrogável por mais dois.
Kleber Pereira, é auditor fiscal do trabalho, ele deseja o cargo para poder trabalhar de maneira mais específica. Para conseguir fazer a prova, ele voltou a estudar em um período conturbado da vida, o nascimento do neto.
Essa não é a primeira vez que ele tenta uma chance na carreira. Quando somados, Kleber já fez 19 concursos do Ministério do Trabalho,- que realiza a prova - essa é a primeira vez que consegue passar da segunda fase.
“Vou tentar mais uma vez porque acho que posso proporcionar mais conforto para minha família. Eu dividia o estudo, com trabalho e família.Praticamente estudava todo momento que eu tinha livre. Foi muita tinta de caneta e muito papel para eu chegar até aqui”
Kianne Cavalcanti é servidora do Tribunal Regional do Trabalho. Ela foi estagiária no Ministério do Trabalho. O sonho é ajudar os trabalhadores através do cargo.
Quando saiu o edital do concurso, ela estava grávida e nesta segunda-feira (24)o filho fará um ano. Por conta do bebê pequeno ela teve épocas que não conseguiu estudar.
“Cada etapa é um concurso diferente, porque são exigências diferentes. Mas a gente tenta encarar uma de cada vez”, comenta. Ambos fazem parte de um grupo de concurso que ajudou durante a preparação.
Para concorrer, os candidatos devem possuir diploma de bacharel em Direito e comprovar, no mínimo, três anos de atividade jurídica exercida após a obtenção do grau. O processo seletivo é composto por várias etapas: prova objetiva, provas discursiva e prática, prova oral e avaliação de títulos.
O cronograma do concurso sofreu alterações ao longo do tempo, inclusive com o adiamento devido as enchentes que ocorreram no Rio Grande do Sul em 2024. A próxima fase será a prova oral, prevista para ocorrer entre os dias 5 e 9 de maio de 2025. O resultado final do concurso deve ser divulgado dia 20 de maio.
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