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Cidades

Em meio a investigações, Polícia Civil faz 3ª dança de cadeiras em delegacias

Entre as mudanças, delegado Pedro Espíndola de Camargo deixa a diretoria da Especializada e vai para assessoria de projetos

Silvia Frias | 11/11/2019 08:24
Delegado Pedro Espindola (à direita), sendo homenageado  na Assembleia Legislativa, em 2017 (Foto/Arquivo)
Delegado Pedro Espindola (à direita), sendo homenageado na Assembleia Legislativa, em 2017 (Foto/Arquivo)

Em meio às investigações da Operação Omertà, que apuram a ação de grupo de execução, a Polícia Civil promoveu uma “dança de cadeiras” no comando de delegacias de Campo Grande e de funções de confiança. 

Hoje, no Diário Oficial, consta a dispensa de Pedro Espindola de Camargo da função de Diretor do Departamento de Polícia Especializada, sendo remanejado à Assessoria de Gestão de Processo e Planejamento da Assegpp (Assessoria de Projetos). 

O titular da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio), Márcio Shiro Obara, que já estava cedido para apoiar investigações na Polícia Civil de Ponta Porã deixa a titularidade da Homicídios em definitivo, sendo remanejado para a 2ºDP (Delegacia de Polícia de Campo Grande), no bairro Monte Castelo.

O delegado Sérgio Luiz Duarte, que estava na 2ºDP, assume a assessoria especializada da Corregedoria da Polícia Civil, no lugar de Carlos Delano Gehring Leandro de Souza, que será o novo titular da Homicídios.

Na Corregedoria, Delano participou das investigações que culminaram na prisão da quadrilha envolvida no roubo de 101 quilos de cocaína na delegacia de Aquidauana, entre eles, a detenção do delegado da cidade, Eder Oliveira Moraes.

As mudanças foram assinadas pelo delegado-geral da Polícia Civil, Marcelo Vargas Lopes, sob a justificativa de que foram feitas após análise das necessidades da instituição, “primando pela prevalência do interesse público sobre o interesse privado, promovendo as modificações e adequações necessárias ao bom andamento dos trabalhos, levando-se em conta, o perfil de cada servidor e também a demanda do trabalho de cada Unidade Policial”.

Esta não é a primeira grande mudança nos quadros dos titulares de delegacias-chave em ano marcado por execuções violentas e a investigação desencadeada na Operação Omertà. Em abril, a DEH responsável por investigar crimes de pistolagem registrou duas trocas de titulares. No dia 3, o Diário Oficial do Estado trouxe a designação do delegado Carlos Delano Gehring Leandro de Souza, que era adjunto, para comandar a delegacia.

Na mesma data, o então titular Márcio Obara assumiu a 3ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande, no Bairro Carandá Bosque. Na sequência, portarias da Polícia Civil transferiu Obara, novamente para comandar a DEH, enquanto Delano foi para a função de assessor especializado na Corregedoria da Polícia Civil. Em outubro, Obara foi designado para a delegacia de Ponta Porã.

Esta é a 3ª “dança das cadeiras” em 2019, ano emblemático por conta das investigações de grande repercussão, como a Operação Omertà, que apura a ação de grupo de execuções comandado pelos empresários Jamil Name e Jamil Name Filho. Interceptações telefônicas mostraram relação próxima da milícia com membros da segurança pública, inclusive, com citação de delegados.

A reportagem do Campo Grande News entrou em contato com assessoria para mais detalhes sobre as mudanças e aguarda retorno.

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