Com 2ª mudança no ano, delegado vai investigar matança na fronteira
O delegado Paulo Henrique de Sá, que era titular da Deops, foi designado para comandar a Delegacia de Homicídios
Em seis meses, a DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios) passou por duas mudanças. Nesta quarta-feira (2), o Diário Oficial do Estado trouxe mais uma alteração. Dessa vez, o delegado Márcio Shiro Obara que comandava a delegacia foi designado para prestar apoio à Delegacia Regional de Ponta Porã, distante 323 quilômetros de Campo Grande.
O delegado Paulo Henrique de Sá, que era titular da Deops (Delegacia Especializada de Ordem Política e Social), foi designado para comandar a Delegacia de Homicídios. As duas delegacias ficam no prédio do Cepol (Centro de Polícia Especializada), localizado na Rua Soldado PM Reinaldo de Andrade, no Bairro Tiradentes.
Segundo delegado-geral da Polícia Civil, Marcelo Vargas, o delegado Márcio Obara foi designado por tempo determinado para auxiliar a delegacia na investigação sobre o elevado número de homicídios ocorridos no município.
Questionado se a mudança tem a ver com a operação Ormetà, deflagrada na última sexta-feira (27) para apurar atuação de grupo de extermínio e crimes de milícia, respondeu que não. “O delegado vai acompanhado por uma equipe da Delegacia de Homicídios para reforçar as investigações de crimes urbanos que aumentaram na região de fronteira”, explicou. Procurado pela reportagem, Márcio Obara não quis falar sobre o assunto.
Nesta quarta-feira, também foi divulgada o afastamento dos três policiais civis investigados e presos na Operação Omertà, atendendo decisão judicial que também decretou as detenções.
Mudanças - Do dia 3 a 26 de abril, a DEH responsável por investigar crimes de pistolagem registrou duas trocas de titulares. No dia 3, o Diário Oficial do Estado trouxe a designação do delegado Carlos Delano Gehring Leandro de Souza, que era adjunto, para comandar a delegacia.
Na mesma data, o então titular Márcio Obara assumiu a 3ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande, no Bairro Carandá Bosque. Na sequência, portarias da Polícia Civil transferiu Obara, novamente para comandar a DEH, enquanto Delano foi para a função de assessor especializado na Corregedoria da Polícia Civil.
Do ano passado para cá, Campo Grande assistiu a cinco assassinatos com arma de grosso calibre. Os casos começaram a ser investigados pela DEH e, a partir de novembro, motivaram a criação de uma força-tarefa pela direção da Polícia Civil.