Policiais civis investigados por integrar milícia são afastados das funções
Três policiais presos durante a investigação tiveram afastamento decretado pela justiça; eles fariam parte do núcleo de apoio
Os três policiais civis investigados e presos na Operação Omertà, que apura atuação de grupo de extermínio e crimes de milícia foram afastados das funções, atendendo decisão judicial que também decretou as detenções.
Consta hoje o Diário Oficial do Estado o afastamento provisório, decretado pela 7ª Vara Criminal de Competência Especial de Campo Grande, contra os investigadores Márcio Cavalcanti da Silva, da Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos), Frederico Maldonado Arruda, da Polinter (Delegacia Especializada de Polinter e Capturas) e Elvis Elir Camargo Lima, lotado no 1º DP de Ponta Porã.
Enquanto perdurar a medida judicial imposta, a Polícia Civil determinou o recolhimento da carteira funcional, suspensão de senhas de acesso aos bancos da PC e das férias. A portaria é assinada pelo delegado Jairo Mendes, corregedor-geral da PC em MS.
Investigação – no inquérito, consta que os policiais pertenciam ao núcleo de atividade de apoio do grupo comandado por Jamil Name e Jamil Name Filho, o Jamilzinho.
A conclusão dos promotores, a partir da investigação policial, é de que o “escritório de pistolagem” tinha caraterísticas de milícia armada, com grande força bélica, demonstrando pela apreensão de arsenal com o ex-guarda civil Marcelo Rios, em maio, logo depois da criação da força-tarefa. As armas estavam em imóvel que pertence a Jamil Name.
Consta no inquérito que “valendo-se da estrutura organizacional utilizada para manter o jogo do bicho, criaram unidade de pessoas que gozavam de ‘expertisse’ e de um grau maior de confiança, para praticar uma série de homicídios em Mato Grosso do Sul, principalmente na Capital”.