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Capital

Operação contra milícia apreendeu R$ 160 mil e prendeu 19 pessoas

Jamil Name e o filho Jamil Name Filho são os principais alvos das ações que investigam execuções em Campo Grande

Geisy Garnes e Liniker Ribeiro | 27/09/2019 19:00
Jamil Name de pijama e touca, sendo conduzido por uma das equipes responsáveis pela operação. (Foto: Valdenir Rezende/Correio do Estado)
Jamil Name de pijama e touca, sendo conduzido por uma das equipes responsáveis pela operação. (Foto: Valdenir Rezende/Correio do Estado)

A Operação Omertà apreendeu aproximadamente R$ 160 mil e prende 19 pessoas nesta sexta-feira (27) em Mato Grosso do Sul. O Jamil Name e o filho Jamil Name Filho são os principais alvos das ações que investigam uma milícia responsável por pelo menos três execuções em Campo Grande.

Conforme a Polícia Civil e o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) as investigações que resultaram na operação de hoje começaram em abril deste ano, com a força-tarefa que apura as execuções do policial militar Ilson Martins Figueiredo, de Orlando da Silva Fernandes o “Bomba” e Matheus Coutinho Xavier.

Nesta manhã policiais do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assalto e Sequestros) e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), com apoio do Batalhão de Choque e do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), foram aos ruas para crumpir 21 mandados de busca e apreensão e 23 ordens de prisões: sendo 13 mandados de prisão preventiva e 10 mandados de prisão temporária.

As buscas terminaram com a apreensão de aproximadamente R$ 160 mil em dinheiro, cheques em nome de terceiros, armas dos calibres 38, 22 e 12, munições, aparelhos celulares (inclusive os conhecidos como "bombinhas", que são descartados após o uso), computadores e documentos.

Segundo nota divulgada nesta tarde, foram presas de 19 pessoas, entre elas quatro policiais civis, quatro guardas municipais, um militar do Exército, um policial federal aposentado e funcionários de Jamil Name . Durante todo o dia, os alvos da operação foram levados para a sede do Garras. O último preso chegou às 18h22 à delegacia e não teve o nome divulgado.

Ao longo da tarde a delegacia também foi visitada por advogados dos presos, todos em busca de informações sobre as prisões. O advogado Márcio Sadim chegou a levar colchões e objetos pessoas para o cliente, que não teve o nome divulgado.

A previsão é de que os presos preventivamente sejam transferidos para o Centro de Triagem de Campo Grande ainda nesta sexta-feira. Os alvos de prisão temporária serão levados para as celas da 3ª Delegacia de Polícia Civil e da da Derf (Delegacia Especializada de Repressão ao Crimes de Roubo e Furto).

Os envolvidos são investigados por crimes de milícia armada, porte ilegal de armas de fogos de uso restrito, homicídio, corrupção ativa e passiva, dentre outros.

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