Empresário Jamil Name e filho são presos em operação contra milícia
Delegado do Garras afirma ainda que a operação tem “muitos outros alvos”, mas não deu mais detalhes
Os empresários Jamil Name e Jamil Name Filho têm contra eles mandados de prisão preventiva, ou seja, por tempo indeterminado. Os dois foram presos, segundo o delegado Fábio Peró, titular do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assalto e Sequestros), em condomínio de luxo no Jardim São Bento, onde moram.
Além do Garras, policiais do Batalhão de Choque, Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) e agentes do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) estão nas ruas de Campo Grande para cumprir mandados na operação desencadeada como consequência de investigação sobre a formação de milícia. A força-tarefa tem “muitos outros alvos”, segundo Peró, que não deu mais detalhes.
Name, empresário conhecido da Capital, é apontado como o chefe da milícia suspeita de ter cometido uma série de execuções em Campo Grande, desde 2018. Na casa dele e do filho também são cumpridos mandados de busca e apreensão.
Milícia - A investigação é consequência da prisão do guarda municipal Marcelo Rios no dia 19 de maio. Segundo a Garras, ele mantinha arsenal formado por dois fuzis AK-47, quatro calibre .556, uma espingarda calibre 12, 17 pistolas, um revólver e várias munições, além de silenciadores, lunetas e bloqueadores de sinal de tornozeleiras eletrônicas em uma casa na Rua José Luiz Pereira, no Jardim Monte Líbano.
Além de Rios, outros dois guardas municipais e um segurança do empresário foram denunciados pelo Gaeco por obstruir investigação e integrar grupo de extermínio responsável por três execuções em Campo Grande. O processo tramita em sigilo na 3º Vara Criminal de Campo Grande.