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Cidades

Enquanto Brasil goleava Coreia, timaço salvava 5 vidas em salas de cirurgia

Trabalho de médicos e enfermeiros, com sincronia perfeita, levou órgãos da Capital para dois estados

Anahi Zurutuza | 06/12/2022 19:33
Órgãos de paciente que morreu em Campo Grande deram nova chance a 5 pacientes. (Foto: Santa Casa/Divulgação)
Órgãos de paciente que morreu em Campo Grande deram nova chance a 5 pacientes. (Foto: Santa Casa/Divulgação)

Enquanto a Seleção Brasileira corria pelo gramado Estádio 947, em Doha, equipes de transplantes de órgãos corriam contra o tempo em três centros cirúrgicos. Nesta segunda-feira (5), o Brasil goleava a Coreia do Sul no Catar, e na Santa Casa de Campo Grande, timaço de médicos, enfermeiros, técnicos e instrumentadores cirúrgicos marcavam placar de 5 no jogo da vida.

Ontem, o caso de um jovem de 24 anos fez com que os profissionais da Saúde entrassem em campo. Os primeiros a atuar nestes casos são da OPO (Organização de Procura de Órgãos), responsável pelo acompanhamento de todos os pacientes neurológicos graves desde a entrada no pronto-socorro até a confirmação da morte cerebral.

Essa equipe também tem a missão de conversar com os familiares em busca do consentimento para a doação. Após a autorização, começa a busca pelos possíveis receptores, trabalho da Central Estadual de Transplantes, que aciona o sistema nacional.

Nesta segunda-feira, o trabalho, também guiado pela adrenalina e que exige sincronia perfeita, como o de um time de futebol, deu certo. Coração, os rins e as córneas do rapaz, que partiu precocemente vítima de um grave AVC (Acidente Vascular Cerebral), deram chance de vitória a cinco pacientes, da Capital, de São Paulo (SP) e de Brasília (DF).

Para se ter uma ideia do quanto o processo não admite falhas, dentro de quatro horas, o coração do doador precisa ser captado e estar batendo no peito do receptor, sob o risco de perda do órgão, explica a Santa Casa.

Para concluir a tarefa com sucesso, neste dia 5, os profissionais empenhados contaram com o apoio da FAB (Força Aérea Brasileira). O coração que saiu da Capital foi transplantado para paciente no Planalto Central, enquanto os rins foram retirados pelo Serviço de Urologia da Santa Casa e encaminhados via voo comercial para São Paulo. As córneas, por fim, foram extraídas pelos profissionais do Banco de Olhos Anjos da Visão.

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