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Cidades

Estado emite orientações à população sobre nova doença em circulação

Aumento de casos de Febre Oropouche fez governo divulgar uma série de medidas de prevenção

Por Gabriela Couto | 19/08/2024 16:55
Exemplares da espécie de mosquito transmissor da Febre Oropouche sendo analisados em laboratório (Foto: Flávio Carvalho/WMP Brasil/Fiocruz)
Exemplares da espécie de mosquito transmissor da Febre Oropouche sendo analisados em laboratório (Foto: Flávio Carvalho/WMP Brasil/Fiocruz)

A nova arbovirose em circulação em Mato Grosso do Sul, a Febre Oropouche, está preocupando o governo do Estado. A SES (Secretaria Estadual de Saúde) emitiu nesta segunda-feira (19) uma série de recomendações para prevenir a doença viral transmitida pelo inseto Culicoides paraensis, conhecido como ‘maruim’ ou ‘mosquito-pólvora’, entre outras denominações.

Pacientes infectados pelo vírus sentem sintomas parecidos com os da dengue e da chikungunya: dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia. Um homem de 52 anos, morador de Itaporã, a 234 km de Campo Grande, foi o primeiro caso confirmado da doença no Estado.

“Não existe tratamento específico. Os pacientes devem permanecer em repouso, com tratamento sintomático, hidratação. A orientação é similar aos casos de dengue e que a população, ao observar os sintomas, procure por uma unidade de saúde”, explicou a gerente de Doenças Endêmicas da SES, Jéssica Klener.

Para controle do mosquito vetor da Febre Oropouche, estudos estão sendo realizados quanto ao controle químico. Por isso, as recomendações de controle, por enquanto, são limpeza dos quintais e áreas de criação de animais, com a eliminação de matéria orgânica do solo.

“Em caso de deslocamento para áreas de risco de transmissão, é recomendado evitar locais de mata e beiras de rios, principalmente nos horários de maior atividade do vetor – entre 9 horas e 16 horas – além disso, para os indivíduos suspeitos de Febre Oropouche, recomenda-se o uso de medidas de proteção individual – uso de repelente e mosquiteiros –, evitando a transmissão vetorial durante o período de viremia (presença de vírus no sangue circulante em um ser vivo)”, alerta Jéssica.

Seguindo as recomendações de uso de repelentes, proteção de ambientes e eliminação de criadouros, o risco de infecção pode ser reduzido acrescentou a médica infectologista, Andyane Tetila Andyane.

A preocupação dos especialistas é maior com gestantes. “As medidas de prevenção precisam ser otimizadas, principalmente ao evitar picadas pelo mosquito transmissor com o uso de repelentes especiais para gestantes nas áreas expostas do corpo; uso de roupas compridas de cor clara; mosquiteiros e telas nas residências”, relacionou a médica.

A infecção por Febre Oropouche durante a gravidez pode causar complicações, embora não existam muitos estudos específicos sobre os efeitos do vírus em gestantes, por isso a adoção de medidas preventivas e relatar qualquer sintoma suspeito ao médico que acompanha a gestação.

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