Exame para infecções sexuais é cuidado com saúde, diz idoso
Durante os exames realizados neste fim de semana, pessoas descobriram Sífilis, Hepatite C e HIV
Durante os dois dias de testagem e orientação contra a HIV/Aids, realizado pelo serviço de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) municipal, neste final de semana, foram pelo menos 208 exames realizados pelos agentes de saúde até o fim da manhã no Camelódromo, localizado na região central de Campo Grande.
A atividade faz parte da programação do Dezembro Vermelho, mês de conscientização sobre a doença. A ação, que traz como mote o nome de “Vencendo o Preconceito I=I” também está oferecendo testagem para sífilis e hepatites B e C. A tenda fica aberta à população até as 13h deste domingo. Os testes são gratuitos e realizados em até 20 minutos.
Odilon Rodrigues, de 78 anos, estava passando pelo local quando foi abordado pelos agentes e aceitou fazer os testes. Ao Campo Grande News ele explicou a importância de realizar os exames rápidos e verificar a saúde.
“Acho importante porque ficamos sabendo como está nossa saúde, e se tiver alguma coisa a gente entra em tratamento e não espalha para outras pessoas, foi rápido e o atendimento é bom”, disse.
O aposentado realizou os quatro testes disponíveis, todos deram negativo. Tanto o dele, quanto o da esposa, com quem está há cinco anos.
Fabiane Dittmar, chefe do departamento comentou que ao longo dos dois dias em que o centro móvel de testagem esteve no local foram realizados 140 testes no sábado e, até o fim da manhã de domingo, outros 68.
“Hoje teve uma procura de 68 testes em 17 pessoas. São oferecidos quatro tipos mas a pessoa não precisa necessariamente fazer todos, ela escolhe. Ontem tivemos mais de 140 testagens e pessoas reagentes para sífilis, hepatite C e HIV. Nesse casos elas são encaminhadas para a rede de saúde para começar o tratamento adequado”, pontuou.
A representante acrescentou que o local é favorável para realização das testagens devido a possibilidade de atingir pessoas que normalmente não procuram o serviço de saúde no município. “O camelódromo sempre é um ponto que gosto de estar pela circulação de pessoas e por ser uma região central com muito público em situação de vulnerabilidade”, disse.
Estatísticas - Ela ressaltou que o coeficiente da Aids no município ainda está acima dos parâmetros nacionais esperados. De acordo com o Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), em Campo Grande, 198 pessoas descobriram o HIV em novembro de 2022 e 110 a Aids. Em 2021 foram 309 com HIV e 159 com Aids no mesmo período.
Outro fator que espanta Fabiane é o número de desistência do tratamento. Conforme o Siclom (Sistema de Controle Logístico de Medicamentos), na Capital 5.852 pessoas desistiram do auxílio médico. O maior percentual de desistência é registrada pelo Cedip (Centro de Doenças Infecto Parasitárias), serviço oferecido pela Sesau e que contabilizou 3 mil casos, ou seja 51,3% do total.