Expedição levou mantimentos, orientação jurídica e EPIs para ribeirinhos
Cerca de 100 familiares foram beneficiadas
Servidores do MPT/MS (Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul) percorreram mais de 1.300 quilômetros por terra, céu e rios, levando equipamentos de proteção individual contra o novo coronavírus e orientação jurídica para as comunidades ribeirinhas do Estado. Cerca de 100 familiares foram beneficiadas.
A "Expedição de Educação Ambiental", foi promovida entre os dias 7 e 11 de dezembro pela Polícia Militar Ambiental, com apoio do Ministério Público do Trabalho e outras instituições parceiras. Foram utilizados navio, helicóptero, lancha, canoa e veículos para locomoção de Campo Grande, até a região do Pantanal de Corumbá, na fronteira com a Bolívia. Também foram entregues presentes para as crianças ribeirinhas e mudas de árvores frutíferas para o reflorestamento das áreas queimadas. O trabalho envolveu as comunidades tradicionais do Castelo, Paraguai Mirim, São Francisco, Amolar, Barra de São Lourenço e Aldeia Indígena Guató.
A missão é realizada desde 2016 em razão da histórica condição de vulnerabilidade social dos ribeirinhos. Algumas das famílias atendidas sequer têm acesso à água potável e enfrentam situações extremas em razão da severidade das secas e da paralisação de diversas atividades da pesca e turismo local, causada pela atual crise sanitária.
O MPT-MS, representado pela procuradora Rosimara Delmoura Caldeira, destinou recursos para a compra de macacões especiais para a atividade da coleta de iscas e orientou sobre a importância da realização segura da atividade, a exemplo das expedições anteriores, contribuindo para prevenção de acidentes de trabalho. A atriz Cristiana Oliveira, que na década de 90 protagonizou a novela Pantanal, na extinta TV Manchete, também integrou a missão a convite da SOS Pantanal.
Recursos - O MPT-MS viabilizou, até agora, R$ 49,3 mil para auxiliar as famílias da região. O montante foi repassado à ECOA (Ecologia e Ação) – entidade que também integrou a Expedição de Educação Ambiental – e, com os recursos, custeou uma série de intervenções junto às comunidades: a estruturação logística para acessar áreas isoladas, realização de censo para identificar as famílias mais vulneráveis, orientações, distribuição de kits de higiene, máscaras, água, e realização de testagem para a Covid-19.
O dinheiro é proveniente do pagamento de multas ou indenizações por empresas que descumprem a legislação trabalhista. Desde o avanço da pandemia no Brasil, no fim de março, o Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul e a Justiça do Trabalho já destinaram pouco mais de R$ 1,7 milhão para o reforço das ações de combate à Covid-19, priorizando as populações mais vulneráveis e profissionais da linha de frente, como da saúde e segurança pública. Em todo o país, as destinações já somam R$ 322,9 milhões durante o período de pandemia.