Férias de casal prova que mexer com capivara não é perigoso apenas em MS
Turista da Capital foi mordido pelo animal durante tentativa de resgate em Itapema, litoral de Santa Catarina
Um passeio tranquilo à beira-mar em Itapema, litoral de Santa Catarina, se transformou em um episódio inusitado e perigoso para o casal campo-grandense Wellington Lander Borges, 54 anos, e Selma Moura, 48 anos, durante suas férias no início do mês. Enquanto almoçavam em um restaurante, avistaram um grupo de resgate de fauna de Santa Catarina tentando capturar uma capivara machucada.
Ao perceberem a dificuldade do grupo em lidar com a situação, o turista sul-mato-grossense assumiu o resgate com o auxílio de uma corda para laçar o animal. No entanto, durante a imobilização, acabou sendo mordido na mão pela capivara. (Veja o vídeo abaixo)
"Eles ficaram por quase 1 hora sem saber o que fazer, só olhando a capivara, com uma caixa na mão. Meu marido foi ver de perto. Quando eu vejo, o pessoal do resgate estava entregando uma corda pra ele. Ele laçou a capivara e a imobilizou, mas quando foi tirar a corda do pescoço, levou a mordida", relatou Selma Rodrigues.
De acordo com a esposa da vítima, após a mordida, o grupo de resgate foi embora com o animal sem prestar assistência ao turista ferido, alegando que sua responsabilidade se limitava ao resgate da capivara.
"Em nenhum momento o grupo de resgate fez algo, só ficaram olhando meu marido fazer a captura da capivara. Depois de ele ter feito todo trabalho sozinho, eles foram embora sem prestar socorro. Minha irmã perguntou se eles não iriam fazer algo por meu marido que estava sangrando, mas disseram, 'nosso trabalho já foi feito, vocês que levem ele para o hospital'", comentou a esposa da vitima.
Após a conclusão do resgate, a família solicitou ajuda aos salva-vidas da praia, que prestaram os primeiros socorros até a chegada dos bombeiros. O turista de Mato Grosso do Sul foi levado ao hospital, onde recebeu tratamento para os ferimentos e foi medicado.
"Ele ficou no hospital por três horas tomando soro. Já tomou três doses de vacina antirrábica, mas ainda tem mais duas. Agora está tomando antibiótico, porque não pode dar ponto em mordida de animal", lamentou Selma, que já está em Campo Grande com o marido.
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.