Greve dos servidores federais continua e nova manifestação é agendada
Próximo ato está marcado para segunda-feira (3), às 14h, na Praça do Rádio Clube
Após mais uma assembleia, realizada na tarde desta terça-feira (28), a Adufms (Associação dos Docentes da Universidade Federal) continua com a greve. A nova proposta apresentada pelo governo federal ainda não atende as reivindicações da categoria, que já agendou uma nova manifestação.
Segundo Lucivaldo Alves, o presidente do Sista-MS (Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFMS e IFMS), o que foi sugerido agora custa aproximadamente R$ 3,5 bilhões ao governo. Porém, o que atende os trabalhadores pode chegar a um reajuste total de R$ 9 bilhões.
"A tabela apresentada, com variação de reajuste para os próximos dois anos, fica entre 19 e 28%. A nossa proposta inicial de reposição salarial está em 34%", explica Lucivaldo. Ele termina dizendo que o próximo ato dos manifestantes está marcado para segunda-feira (3), às 14h, na Praça do Rádio Clube.
Conforme noticiado, 68% dos servidores públicos da UFMS estão paralisados desde o dia 1º de maio. São 1.496 professores efetivos e 1.762 técnicos administrativos aqui no Estado. Atualmente, a instituição mantém 10 campi em Mato Grosso do Sul, 8 votaram favoráveis à paralisação.
Histórico - Desde 2015 a UFMS "não para". Naquele ano, a paralisação começou em 15 de junho e seguiu até 14 de outubro, com 4 meses sem aulas. A anterior, em 2012, durou 90 dias.
Desta vez, os professores reivindicam reajuste salarial de 22,71%, em três parcelas anuais de 7,06% cada, começando em 2024. Já os técnico-administrativos cobram 34%, também dividido até 2026 e já estão parados desde março. A União apresentou contraproposta de reajuste de 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026. Mas a categoria não abre mão de percentual já em 2024, porque também contemplaria os aposentados.
Outro pedido que emperra as negociações é a equiparação do auxílio-alimentação aos valores pagos ao Legislativo e Judiciário federais. "Enquanto os professores ganharam R$ 1 mil com aumento proposto agora pelo governo, os dois poderes já pagam cerca de R$ 4 mil. A diferença é discrepante", reforçou a presidente da Adufms, Mariuza Guimarães.
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