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Educação e Tecnologia

Docentes recusam reajuste gradativo e greve na UFMS permanece

Do total, 68% dos servidores públicos da UFMS estão paralisados desde o dia 1º de maio

Por Gustavo Bonotto e Clara Farias | 23/05/2024 19:51
Docentes da UFMS participam de assembleia na tarde desta quinta-feira (23), em Campo Grande. (Foto: Clara Farias)
Docentes da UFMS participam de assembleia na tarde desta quinta-feira (23), em Campo Grande. (Foto: Clara Farias)

Membros da Adufms (Associação dos Docentes da Universidade Federal) recusaram, na tarde desta quinta-feira (23), a proposta de reajuste do governo federal que aumenta de 13,3% a 31% os rendimentos dos educadores até 2026. Diante da tratativa, a greve continuará vigente em todo o Mato Grosso do Sul.

A presidente da associação, Mariuza Guimarães, disse à reportagem que uma nova contraproposta deve ser encaminhada ao Comando Nacional de Greve e avaliada junto às decisões de outras assembleias do país. "A nossa assembleia rejeitou a proposta do governo e a greve deve perdurar. Temos a mesa com o governo no próximo dia 27 e uma nova chance de discussão está programada para o dia 29", pontuou.

Conforme noticiado, 68% dos servidores públicos da UFMS estão paralisados desde o dia 1º de maio. São 1.496 professores efetivos e 1.762 técnicos administrativos aqui no Estado. Atualmente, a instituição mantém 10 campi em Mato Grosso do Sul, 8 votaram favoráveis à paralisação.

Os técnico-administrativos da universidade definirão, em assembleia, sobre a continuidade da greve nesta sexta-feira (24).

Histórico - Desde 2015 a UFMS "não para". Naquele ano, a paralisação começou em 15 de junho e seguiu até 14 de outubro, com 4 meses sem aulas. A anterior, em 2012, durou 90 dias.

Desta vez, os professores reivindicam reajuste salarial de 22,71%, em três parcelas anuais de 7,06% cada, começando em 2024. Já os técnico-administrativos cobram 34%, também dividido até 2026 e já estão parados desde março. A União apresentou contraproposta de reajuste de 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026. Mas a categoria não abre mão de percentual já em 2024, porque também contemplaria os aposentados.

Outro pedido que emperra as negociações é a equiparação do auxílio-alimentação aos valores pagos ao Legislativo e Judiciário federais. "Enquanto os professores ganharam R$ 1 mil com aumento proposto agora pelo governo, os dois poderes já pagam cerca de R$ 4 mil. A diferença é discrepante", reforçou a presidente da Adufms.

(*) Matéria editada às 10h15 de sexta-feira (24) para acréscimo de informação.

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