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Educação e Tecnologia

Comitê discute violação de acordo após exigência de lista de grevistas na UFMS

Reunião on-line realizada nesta sexta-feira discutiu medidas após a administração solicitar lista de docentes

Por Jhefferson Gamarra | 03/05/2024 14:40
Entrada do campus da UFMS em Campo Grande (Foto: Juliano Almeida)
Entrada do campus da UFMS em Campo Grande (Foto: Juliano Almeida)

A ADUFMS (Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) debateu em uma reunião on-line nesta sexta-feira (3) a violação de acordo por parte da administração da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), que está cobrando uma lista com dados de docentes que aderirem ao movimento de greve. Até o momento, não há um quantitativo do número de professores que aderiam à greve, que teve início ontem (2).

De acordo com o comitê grevista, no dia 1º de maio, a associação foi surpreendida com a publicação no sistema eletrônico da UFMS, instruindo os dirigentes locais a coletarem uma lista dos docentes que aderiram a um movimento de greve. A medida, segundo a associação, contraria não apenas um acordo firmado em reunião anterior com o sindicato, ocorrida em 30 de abril, mas também as normas vigentes, incluindo uma instrução normativa do Ministério da Economia.

“Ainda não temos um balanço pontual de adesões à greve, mas teve uma aceitação significativa do interior, mas em Campo Grande alguns estão constrangidos em aderir por conta desse ofício que foi solicitado, a lista acaba inibindo o movimento”, citou Sheila Denise Guimarães, que faz parte da diretoria da associação.

No encontro virtual, o Comando de Greve dos Docentes da UFMS orientou que não fossem enviadas listas de grevistas e protocolou um ofício solicitando a revogação imediata da orientação da Pró-Reitoria e a emissão de uma nova ata com o combinado na reunião anterior. Além disso, foram encaminhadas denúncias ao Ministério Público Federal e ao Ministério Público do Trabalho para tomar as medidas necessárias para garantir o cumprimento da Lei de Greve e das Convenções da Organização Internacional do Trabalho.

“Muitos docentes nunca participaram de uma greve, a última foi em 2015. Campo Grande tem um campus muito grande e temos adesões parciais, alguns tem aulas e outros não, a adesão à greve é individual, até porque estamos em uma democracia, mas tem professores olhando para o lado individual”, ressaltou Sheila Denise.

Na próxima segunda-feira (6) está programada uma assembleia-geral extraordinária, com primeira chamada às 8h, para apresentar um balanço de adesão ao movimento, tanto na capital quanto no interior. Além disso, será discutida a possibilidade da suspensão do calendário de aulas, bem como a negociação para reposição.

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