Secretária diz que reajuste custará R$ 95 mi em 2027, mas caberá no orçamento
Vereadores votam o reajuste do salário da prefeita em regime de urgência, com valor retroagindo a fevereiro

Quando chegar ao valor total, em 2027, o reajuste escalonado do salário da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, de cargos do alto escalão e de cerca de 500 servidores que recebem pelo teto no Município, custará R$ 95 milhões aos cofres públicos. Os vereadores votarão em sessão única, em regime de urgência, o aumento, esta manhã, com validade retroativa, com a correção do valor a partir de fevereiro.
RESUMO
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A secretária de Fazenda de Campo Grande, Márcia Helena Hokama, afirmou que o reajuste salarial escalonado para a prefeita, vice-prefeita, secretários e cerca de 500 servidores custará R$ 95 milhões até 2027, mas caberá no orçamento municipal. O projeto, que será votado em regime de urgência, prevê aumentos salariais significativos, com impacto de R$ 32,8 milhões este ano e R$ 73 milhões no próximo. A secretária garantiu que o orçamento será ajustado para acomodar os aumentos, mantendo a receita corrente líquida comprometida em torno de 51% a 52,3% até 2027. Além disso, a prefeita vetou um projeto de emendas parlamentares devido a mudanças na forma de repasse de recursos estaduais.
Pelo projeto, o salário de Adriane passará de R$ 21,263,62 para R$ 26.943,05; em 2026 o subsídio irá para R$ 31.912,56 e em 2027 atingirá R$ 35.462,22. Já o salário da vice-prefeita, Camila Nascimento, chegará a R$ 31.915,80 em 2027. Com o escalonamento, o salário será de R$ 22.334,53 este ano e R$ 27.923,60 em 2026. Os secretários e dirigentes de autarquias passarão a R$ 30.142,70, ao final do escalonamento.
O reajuste atende reivindicação de um grupo de servidores que chegou ao teto remuneratório, formado por auditores, procuradores, alguns profissionais da saúde e diretores de escola, entre as carreiras divulgadas.

Esta manhã, a secretária de Fazenda Márcia Helena Hokama se reuniu a portas fechadas com vereadores para tratar de emendas parlamentares e, ao final, acabou apontando o valor de R$ 95 milhões de impacto ao final do escalonamento. Para este ano, será de R$ 32,8 milhões e no ano que vem sobe a R$ 73 milhões, com impacto superior a números expostos na semana passada.
A secretária revelou à imprensa que o orçamento será adaptado para haver enquadramento do impacto, ficando a receita corrente líquida comprometida na casa dos 51% neste ano e no próximo e em 52,3 % para 2027, conforme a projeção de arrecadação. Segundo ela, é a média no ano passado, o que ocorre porque a arrecadação também tem previsão de aumento. O orçamento está em constante ajuste para que a gente possa trabalhar e ajustar esses valores, afirmou.
Emendas vetadas – Márcia contou que foi à Câmara falar com os vereadores sobre a decisão da prefeita de vetar projeto que atenderia os parlamentares com emendas, através do Plano de Aplicação de Recursos do Fundo de Investimentos Sociais. Havia previsão de aplicação de R$ 8,7 milhões. A justificativa que acompanhou o veto foi que essa receita provinha de repasses do orçamento estadual, mas o Governo decidiu mudar a forma, adotando convênios, e não mais a liberação de recursos aos municípios.
A secretária explicou que os parlamentares e a Prefeitura devem procurar o Executivo Estadual na semana que vem para tratar do tema.
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