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Cidades

Grupo que usa MS como rota da cocaína tem R$ 389 milhões bloqueados

Foram mobilizados 160 policiais federais para o cumprimento de 63 mandados judiciais nesta terça-feira

Por Bruna Marques | 12/11/2024 07:40
Policial federal somando cédulas de dinheiro apreendidas em casa de um dos alvos da operação (Foto: Divulgação/PF)
Policial federal somando cédulas de dinheiro apreendidas em casa de um dos alvos da operação (Foto: Divulgação/PF)

Mato Grosso do Sul é rota de um grupo de traficantes de cocaína, integrantes de organização criminosa, e virou alvo de uma operação da Polícia Federal, na manhã desta terça-feira (12). Ao todo foram cumpridos 11 mandados de prisões preventivas e bloqueados R$ 389 milhões em bens.

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A Polícia Federal deflagrou a operação “Pé de Serra” em Mato Grosso do Sul, prendendo 11 traficantes de cocaína. A investigação, que começou com a prisão de um casal transportando 53 kg de cocaína em Guaíra (PR), revelou que o grupo já havia transportado mais de 20 toneladas de droga desde 2020. A operação contou com a participação de 160 policiais federais e resultou no cumprimento de 63 mandados judiciais, incluindo prisões preventivas, buscas e apreensões em Mato Grosso do Sul e Paraná. O grupo utilizava motoristas que simulavam ser casais para transportar a droga do Paraguai para o Brasil, com destino a cidades como Umuarama, Maringá, Curitiba, Balneário Camboriú, Itajaí e Joinville. A investigação resultou no sequestro de bens e bloqueio de contas no valor de R$ 389 milhões dos investigados, que responderão por tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico e organização criminosa.

A operação batizada como “Pó de Serra” mobilizou 160 policiais federais para o cumprimento de 63 mandados judiciais expedidos pela 1ª Vara Federal de Guaíra (PR), sendo 36 de busca e apreensão e 27 de prisão preventiva, nos municípios de Amambai, Naviraí e Mundo Novo, em Mato Grosso do Sul, além de Umuarama, Guaíra, Maringá, Rolândia, no Paraná. Dos 27 mandados de prisão, 11 foram cumpridos.

A investigação iniciou no final do ano passado, a partir da prisão em flagrante de um casal em Guaíra (PR). Na ocasião, o homem e a mulher foram pegos transportando 53 quilos de cocaína. O destino da droga seria a cidade de Umuarama (PR).

No decorrer das diligências, a polícia conseguiu apreender uma tonelada de cocaína. Conforme divulgado pela Polícia Federal, desde 2020, o grupo transportou mais de 20 toneladas da droga.

Conforme apurado durante as investigações, o motorista da quadrilha carregava a droga em Pedro Juan Caballero e descia até a região de Katueté, no Paraguai, por uma rodovia que corta as cidades de Amambai, Tacuru e Sete Quedas, em Mato Grosso do Sul.

Dentro do Paraguai, os criminosos voltavam para o Brasil pela região de Guaíra ou Foz do Iguaçu, no Paraná. O destino da droga incluía diversas cidades, dentre elas: Umuarama, Maringá e Curitiba, bem como Balneário Camboriú, Itajaí e Joinville, em Santa Catarina.

No transporte da cocaína, o grupo utilizava homens e mulheres, que fingiam ser um casal, com a finalidade de dissimular o real motivo da viagem em caso de abordagens policiais ocorridas no trajeto.

Lancha foi um dos bens apreendidos durante operação (Foto: Divulgação/PF)
Lancha foi um dos bens apreendidos durante operação (Foto: Divulgação/PF)

Foi determinado o sequestro de bens móveis e imóveis, além do bloqueio de contas no valor de até R$ 389 milhões, vinculadas a 31 investigados.

A investigação contou com o apoio do GISE (Grupo de Investigações Sensíveis) da SENAD/PY (Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai), BPFron (Batalhão de Polícia de Fronteira) da Polícia Militar do Paraná e do TIGRE (Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial) da Polícia Civil do Paraná.

Carros apreendidos durante a ação dos policiais (Foto: Divulgação/PF)
Carros apreendidos durante a ação dos policiais (Foto: Divulgação/PF)

Os envolvidos deverão responder pela prática de tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico e participação em organização criminosa. Esses crimes possuem penas máximas que, somadas, podem ultrapassar 55 anos de prisão.

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