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Cidades

Há 28 dias, mortes por covid só crescem em MS

Número de pessoas mortas pela doença alcançou maior média diária do ano no último domingo, com 25,43 óbitos por dia

Lucia Morel | 29/12/2020 16:13
Há 28 dias, mortes por covid só crescem em MS
Área de missa por vítimas da covid-19 em cemitério da Capital. (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)

Mato Grosso do Sul registrou nesta semana, o pico em média móvel de mortes por covid-19 desde o início da pandemia. A média diária de óbitos entre 20 e 27 de dezembro foi de 25,43. Desde março, quando os casos começaram a ser registrados no MS, tal patamar não havia sido atingido, conforme dados da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

Outro dado alarmante é que o número de pessoas morrendo da doença não para de crescer desde 30 de novembro, completando hoje, 29 de dezembro, 28 dias seguidos de alta, também conforme a fundação, de acordo com dados da plataforma Monitora Covid.

O Estado registrou até agora, 2.270 óbitos causados pela infecção pelo novo coronavírus, sendo 25 entre ontem e hoje. O dia com mais mortes foi dia 21 de dezembro, quando boletim da SES (Secretaria de Estado de Saúde) mostrou que 31 pessoas haviam morrido da doença.

Há 28 dias, mortes por covid só crescem em MS
Fonte: Monitora Covid

São 130.850 casos confirmados no Estado, 1.366 de ontem para hoje. Há ainda 689 pacientes internados com covid-19 em todo MS, estando 318 em leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e 371 em leitos clínicos. Do total de internados, 267 está em Campo Grande.

Segundo o secretário estadual de saúde, Geraldo Resende, a situação, já crítica, deve piorar e não há previsão de recuo de casos ou mortes para as próximas semanas. O alerta dele é com relação à virada do ano, e apela para que a população não se aglomere e evite festas fora de casa.

“Logicamente vamos precisar de leitos pra internação e é uma preocupação. Estamos chegando a 700 internados e vai chegar no ponto de não termos mais como expandir. Vão faltar leitos clínicos e de UTI. Se esse contágio não cessar, não vamos ter leitos para toda nossa gente”, lamentou.

Para ele, a segunda onda de crescimento da doença está muito pior que a primeira – com pico entre agosto e setembro – porque a população “cansou”, e está agindo deliberadamente pela contaminação, sem preocupação consigo mesmo ou com familiares. “Os mais jovens, principalmente, estão pouco se lixando”.

O titular da saúde estadual ainda declara que o Estado só conseguirá cumprir a palavra empenhada – de não deixar faltar leito para nenhum sul-matogrossense que precise – “se houver colaboração da população”.

“Estamos há pelo menos 30 dias de ter uma vacina, de começar a vacinação. Por que arriscar agora? A vacina está próxima e debandar agora é como se estivéssemos numa partida de futebol e nos 45 do segundo tempo, cometêssemos um erro grosseiro e deixássemos a vitória virar derrota e a derrota é perdermos mais vidas preciosas para a covid”.

Resende comenta ainda que para um Estado do tamanho de Mato Grosso do Sul, haver 2,3 mil mortes pela doença “é muita coisa, é um número exagerado” e pontua que nesse ritmo, infelizmente, “chegaremos a 3 mil mortes ainda nesse fim de ano”, lamentou.

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