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Cidades

Homem morre ao lançar artefato no STF e veículo explode na Câmara

Polícia cerca estátua da Justiça na Praça dos Três Poderes e faz varreduras na capital federal

Por Gustavo Bonotto | 13/11/2024 20:38

Série de explosões abalou a Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF), nas proximidades do STF (Supremo Tribunal Federal) e da Câmara dos Deputados, no início da noite desta quarta-feira (13). O incidente, que resultou na morte de um homem, ocorreu por volta das 18h30, após ele lançar um explosivo na fachada do STF.

De acordo com informações preliminares apuradas pelo canal de notícias Globo News, o homem ainda não identificado deitou no chão após o ataque inicial e outro artefato foi detonando em seguida, causando sua morte. A Polícia Militar do Distrito Federal confirmou a fatalidade e isolou a área para uma varredura, temendo a presença de mais explosivos.

O incidente também envolveu a explosão de um veículo no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados, que estava carregado de fogos de artifício. A identidade da vítima, que ainda não foi confirmada, é possível que esteja relacionada ao proprietário do veículo, Francisco Wanderley Luiz, um chaveiro e ex-candidato a vereador no município de Rio do Sul (SC).

O ataque foi marcado por fortes estrondos, que foram ouvidos ao final de uma sessão no STF. O tribunal emitiu uma nota informando que os ministros foram retirados com segurança do prédio, assim como servidores e colaboradores. Não houve feridos entre as autoridades presentes.

Já o Ministério da Justiça e Segurança Pública informou que a Polícia Federal abrirá uma investigação para apurar o caso, com a participação de equipes especializadas, incluindo o Comando de Operações Táticas e o grupo anti-bombas.

Como medida de segurança, o acesso à Esplanada dos Ministérios foi fechado, e a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros continuam as buscas na região. A governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão (Progressistas), esteve no local para acompanhar as ações de contenção. A segurança foi reforçada nas áreas próximas, incluindo o Palácio do Planalto, onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não estava no momento das explosões, já que havia deixado o local antes do incidente.

O atentado gerou grande repercussão, com autoridades como o ministro-chefe da AGU (Advocacia-Geral da União), Jorge Messias, repudiando os ataques e pedindo celeridade nas investigações. "Repudio com toda a veemência os ataques contra o STF e a Câmara dos Deputados. Manifesto minha solidariedade aos ministros e parlamentares. A Polícia Federal investigará com rigor e celeridade as explosões no perímetro da praça dos três Poderes. Precisamos saber a motivação dos ataques, bem como reestabelecer a paz e a segurança o mais rapidamente possível".

Até a publicação deste texto, policiais militares faziam varredura na Esplanada.

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