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Julho é o mês mais letal da covid, com 71 óbitos desde o dia primeiro

Foram oito mortes neste domingo. Em 12 dias do mês, número já é pior do que o registrado em todos os dias de junho

Izabela Sanchez | 12/07/2020 11:20
O secretário estadual de saúde, Geraldo Resende, durante a divulgação do boletim deste domingo (12) (Foto: Reprodução)
O secretário estadual de saúde, Geraldo Resende, durante a divulgação do boletim deste domingo (12) (Foto: Reprodução)

Julho, com apenas 12 dias, já mata mais por covid-19 do que os meses anteriores. É o “alerta vermelho” da secretaria estadual de saúde que anunciou oito novas mortes em Mato Grosso do Sul neste domingo (12).

A curva ascendente e rápida já contabiliza 71 mortes em julho, mês que nem sequer fechou a primeira quinzena. Das oito novas mortes confirmadas até às 19h de sábado (11) e divulgadas no boletim deste domingo, quatro foram em Campo Grande.

Se contabilizar a chamada macrorregião de saúde, a situação da Capital é ainda pior, já que as mortes nessa região são seis das oito confirmadas. Entre os números trazidos neste domingo, um centenário de Mato Grosso do Sul foi levado pela covid-19.

Morador da fronteira, em Ponta Porã, a 323 km de Campo Grande, idoso de 100 anos, sem comorbidades, faleceu em decorrência da doença do novo coronavírus.

Neste domingo, com oito óbitos, o Estado registra 161 mortes por covid-19 e um total de 13.197 casos confirmados da doença.

Mortes aumentaram – São 228 novos casos comunicados neste domingo pela secretaria estadual. Campo Grande, novo epicentro, lidera o número crescente, já que do total, 118 foram registrados na cidade. O secretário estadual de saúde, Geraldo Resende, comentou preocupação com a curva acelerada.

Resende acredita que, se nada mudar na taxa de isolamento social, Mato Grosso do Sul vai alcançar 200 mortes em julho.

“Temos mais mortes do que no mês de junho. São 71 em julho. Se continuarmos com esse crescimento nós deveremos ultrapassar 200 óbitos no mês de julho, se continuar essa curva. Isso é muito preocupante, principalmente quando a gente tem pouca contribuição da população no isolamento, uso de máscara e regras de higiene”, disse Geraldo.

Em Campo Grande faleceram quatro pessoas idosas nas últimas 24h: um homem de 70, um de 74, uma mulher de 82 e um homem de 63, quatro vítimas com comorbidades.

Na macrorregião faleceu uma idosa de 74 anos em Jardim e um idoso de 77 anos em São Gabriel do Oeste, ambos com comorbidades. Na macrorregião de Dourados, além do idoso de 100 anos em Ponta Porã, faleceu homem de 53 anos em Naviraí, sem nenhuma comorbidade registrada.

Além da Capital, os novos casos foram registrados em Dourados, Naviraí, Bataguassu, Três Lagoas, Juti, Chapadão do Sul, Sidrolândia, Paraíso das Águas, São Gabriel do Oeste, Terenos, Aquidauana, Brasilândia, Costa Rica, Jardim, Nova Andradina, Cassilândia, Corumbá, Itaporã, Ivinhema, Ladário e Rio Verde.

São 275 pessoas internadas em hospitais de Mato Grosso do Sul, 10 vindas de outros Estados. Desse total, 150 estão em leitos clínicos (82 em leitos privados e 65 em leitos públicos) e 135 em estado grave, em leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Destes, 82 estão em leitos públicos: 55 só em Campo Grande.

Do total de casos confirmados da doença desde o início da pandemia, 4083 ainda estão em isolamento domiciliar e 8678 estão recuperados.

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