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Cidades

Liderança do "Sintonia dos Gravatas" está entre presos que seriam resgatados

Esdras Augusto do Nascimento é acusado de planejar morte de juízes e promotores quando esteve em Campo Grande

Ana Paula Chuva | 10/08/2022 14:47
Equipe da PF durante buscas na casa da mulher de Marcola nesta quarta-feira. (Foto: Divulgação)
Equipe da PF durante buscas na casa da mulher de Marcola nesta quarta-feira. (Foto: Divulgação)

Além de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, Cláudio Barbará da Silva, o Barbará, e Valdeci Alves dos Santos, o Colorido, os nomes de Esdras Augusto do Nacimento Júnior, Edmar dos Santos e Reinaldo Teixeira, também estão na lista das lideranças do PCC (Primeiro Comando da Capital) que seriam resgatados de presídios federais. O plano de fuga foi alvo da operação Anjos da Guarda, deflagrada hoje (10), pela PF (Polícia Federal).

Esdras já esteve no Presídio de Segurança Máxima da Gameleira, conhecido como “Supermáxima”. Ele foi apontado como chefe da organização criminosa que contava com os advogados para repassar informações fora dos presídios e, segundo o colunista Josmar Jozino, o preso é acusado de planejar mortes de juízes e promotores quando esteve no presídio em Campo Grande.

Antes de ser transferido para Campo Grande, Esdras cumpriu pena no Presídio Federal de Brasília, onde teria se aproximado de Marcola. Na Capital sul-mato-grossense ele ficou encarregado de transmitir ordens e informações ao advogados que faziam parte da “Sintonia dos Gravatas”.

Anjo da Guarda - A operação Anjo da Guarda foi deflagrada hoje, após a descoberta de um plano de resgate de lideranças da facção criminosa.  Uma advogada do PCC, que não teve a identidade divulgada, foi presa em Três Lagoas, cidade a 327 quilômetros de Campo Grande.

Os presos seriam resgatados nas penitenciárias federais de Brasília (DF) e Porto Velho (RO) e, segundo a Polícia Federal, o plano contava com uma rede de comunicação estabelecida entre advogados, que extrapolavam as suas atividades legais, ao transmitir tanto as cobranças dos custodiados quanto os retornos das mensagens dos criminosos envolvidos no resgate.

De acordo com as investigações, além do resgate dos presos, a organização criminosa pretendia sequestrar autoridades para conseguir a soltura de criminosos, dentre outras ações, tipo de "plano" que já foi alvo de operações em anos anteriores.

Para organizar as atividades ilícitas, os investigados se valiam dos atendimentos e das visitas em parlatório, usando como códigos para a comunicação situações jurídicas que, comprovadamente, não existiam de fato.

A operação foi batizada de “Anjos da Guarda” em referência aos servidores da segurança pública que se esforçam e se arriscam dia e noite para proteger a sociedade de criminosos. A ação conta com o apoio do Depen (Departamento Penitenciário Nacional).

* Matéria editada para correção de informações. Segundo a defesa de Inaiza Herradon, Esdras nunca foi defendido pela então advogada presa na operação Courrier, em março deste ano. A mulher teria defendido Edimar Santana e não o interno apontado como chefe do "Sintonia dos Gravatas".

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