MS atinge "taxa ideal" de contágio, mas preocupação é o próximo feriadão

A taxa de contágio do novo coronavírus em Mato Grosso do Sul finalmente reduziu para menos de 1 e foi para 0.99, meta estabelecida pela Secretaria Estadual de Saúde. Agora, a cada 100 casos confirmados em um dia, a data seguinte deve confirmar 99 novos infectados, o que indica previsão de inicio de queda na "curva" da pandemia no Estado. Apesar disso, a preocupação de autoridades de Saúde é em relação ao próximo feriadão, no próximo domingo (11) e segunda-feira (12).

Com novas 12 mortes e 553 novos infectados registrados nas últimas 24h, conforme live realizada pela SES (Secretaria Estadual de Saúde), já são 1.376 mortes pela doença e 72.546 casos confirmados. Atualmente, a taxa de letalidade está em 1,9%, e 431 pacientes estão internados com covid-19.

Nós não queremos repetir as cenas do feriado do dia 7 de setembro. [...] Teve uma repercussão muito negativa 15, 20 dias depois no número de casos que houve aqui no Estado", frisou o secretário Estadual de Saúde.

O titular da pasta reforçou alta movimentação de turistas nos municípios turísticos de Bonito e Rio Verde de Mato Grosso, por exemplo. Até mesmo em Campo Grande, segundo ele, houveram aglomerações de "todos os portes". "A gente colhe aquilo que a gente planta. [...] Vamos ter no finalzinho do mês, dia 25 até 31 de outubro, vamos ver a repercussão se vocês não estiverem lado a lado conosco", alerta.

Mesmo assim, como forma de propor redução de danos, o diretor-presidente da Fundtur (Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul), Bruno Wendling, também indicou algumas recomendações para viagem.

Não há turismo sem o turista. A responsabilidade do turista é maior que a dos empresários, afinal eles vão circular nos restaurantes hotéis. Só viaje a Bonito se tiverem hotéis reservados. Não é necessário deslocar na cidade. Procure outros destinos com menos pessoas, o Estado é tão rico. Viaje em outras épocas. Se não consegue ficar em casa, pelo menos fico seguro. Use máscara, mantenha distanciamento, siga protocolos locais".

Retorno das aulas - Ao fim da live, Resende também reforçou recente decisão do Estado de não retornar aulas presenciais ainda em 2020. "Levou em consideração o não controle da doença aqui no Estado. Alguns países que tiveram retorno das aulas presenciais tiveram crescimento de até 500% do pessoal da área de educação", menciona.

Além disso, o secretário mencionou preocupação em relação à "síndrome inflamatória múltipla em pediatria", doença que ainda está sendo amplamente estudada e que representa perigo para as crianças.

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