Para quem acordou cedo para vacinação, fila reduzida é grata surpresa

O advogado Honório Benites Junior, 59 anos, chegou por volta das 6h40 na UBS (Unidade Básica de Saúde) Universitário, esperando encontrar fila à sua frente de madrugadores em busca da vacina contra covid-19.

Encontrou a fila, mas se surpreendeu com a quantidade de pessoas, pouco mais de 30. “Vim cedo, achei que teria umas 100 pessoas na minha frente”. Depois de meses de quarentena e rotina em que pouco saiu de casa, o advogado comemorou estar tão perto da 1ª dose. “Isso é um privilégio”.

Mesmo tomando os cuidados necessários, como uso de máscara, evitando ir ao escritório e munido de álcool em gel, acabou sendo infectado em dezembro do ano passado. Teve sintomas leves, mas se preocupou pela esposa, de 60 anos, diabética e que também pegou a doença. “Ela ficou pior que eu, mas não precisou ser internada”. A filha deles, de 32 anos, também entrou ficou doente, sem gravidade.

Enquanto a reportagem esteve na UBS, mais pessoas chegaram para a vacinação, formado fila de pouco mais de 50 pessoas.

Entre as que aguardavam, estava a autônoma Helena Bandeira Alves, 59 anos, residente no bairro Campo Nobre e que chegou às 7h07. Usando duas máscaras cirúrgicas saiu de casa com a estratégia de ir para drive-thru caso a fila na unidade estivesse cheia. “Não estava grande, decidi ficar aqui mesmo”.

Helena estava ansiosa por tomar o imunizante. “A expectativa de tomar vacina é muito grande, essa doença está matando muita gente, cada vez mais”. Em casa, diz que ninguém ficou doente, mas o cunhado está internado, por conta da doença. “A vacina é esperança, mas temos que continuar nos protegendo e protegendo os outros”.

A vacinação em Campo Grande está sendo realizada em 29 unidades de saúde, das 7h30 às 17h. Serão imunizadas pessoas com 59 anos completos, nascidos de janeiro a julho, com a 1ª dose de AstraZeneca/Oxford e trabalhadores de saúde com 35 anos ou mais. Também foi incluída a 2ª dose de Coronavac para quem tinha agendamento até 20 de abril.