Prefeita pede à população que redobre cuidados contra varíola dos macacos
Adriane Lopes também não descarta medidas para conter doença
A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (Patriotas), pediu que a população siga com as medidas adotadas para prevenção da Covid-19 e, assim, também se previna da varíola dos macacos.
Em agenda pública no fim da tarde desta sexta-feira (5) ela adiantou que uma comissão já estuda os casos que ocorreram na Capital e dependendo do resultado da análise, não descarta tomar medidas mais rígidas futuramente.
“Estamos com equipe técnica fazendo levantamento sobre os casos em Campo Grande há 15 dias, estudando para que a gente possa ver quais medidas serão adotadas”, explicou. Além dos casos detectados na cidade, a equipe também estuda óbitos ocorridos em outras regiões do Brasil.
Mas, mesmo sem o resultado da análise em mãos, Adriane pediu que a população não descarte protocolo de segurança adotado na pandemia da Covid-19. “Principalmente lavar as mãos, usar álcool, se prevenir”, pediu.
Campo Grande tem 14 casos notificados e cinco confirmados da varíola dos macacos. Sete pessoas estão sob suspeita e dois já foram descartados, segundo a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde).
Atendimento - Quem tem sintomas com suspeita da doença pode procurar qualquer uma das 82 unidades de saúde pública de Campo Grande, mas a Prefeitura vai escolher sete delas para fazer testes e assim tornar mais rápida a identificação e tratamento de casos.
As sete unidades serão chamadas de sentinelas, sendo referências para a coleta do exame, como ocorre com outras doenças, como a dengue, por exemplo.
No entanto, o atendimento inicial pode ser feito em qualquer uma das 72 UBSF (Unidades Básicas e de Saúde da Família ou nas 10 unidades de urgência e emergência, as UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e CRSs (Centros Regionais de Saúde).
Sintomas - Segundo a Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) a doença é transmitida, principalmente, por contato direto ou indireto com sangue, fluídos corporais, lesões na pele ou mucosas de animais infectados. De acordo com o Ministério da Saúde, a doença começa, quase sempre, com uma febre súbita, forte e intensa.
O paciente também tem dor de cabeça, náusea, exaustão, cansaço e fundamentalmente o aparecimento de gânglios (inchaços popularmente conhecidos como "ínguas"), que podem acontecer tanto na região do pescoço, na região axilar, como na região perigenital. A manifestação na pele é chamada de papulovesicular uniforme, que são feridas ou lesões pelo corpo.