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Cidades

Presídio Federal de MS recebe presos suspeitos de comandar ataques no RN

Ataques estariam ligados a insatisfação de presos com falta de regalias nos presídios do estado

Dayene Paz | 18/03/2023 16:59
Presos durante transferência do Complexo de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte. (Foto: Seap/Divulgação)
Presos durante transferência do Complexo de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte. (Foto: Seap/Divulgação)

O Presídio Federal de Mato Grosso do Sul, localizado em Campo Grande, recebeu presos suspeitos de comandar ataques no Rio Grande do Norte, que começaram na terça-feira (14). Foram, até o momento, confirmados 259 ataques a prédios públicos, comércios e veículos, em 48 cidades. Um policial penal acabou morto.

A transferência de nove presos do Presídio Rogério Coutinho, localizado no Complexo de Alcaçuz, aconteceu na noite desta sexta-feira (17). Eles foram encaminhados para as cinco unidades federais localizadas em: Catanduvas (PR), Campo Grande (MS), Mossoró (RN), Porto Velho (RO) e Brasília (DF).

"No SPF (Sistema Penitenciário Federal), os presos ficarão isolados em celas individuais, com visitas monitoradas e apenas por parlatório e com rigorosos procedimentos de segurança", diz a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen). A pasta informa que a transferência se trata de uma "resposta aos atentados criminosos no Rio Grande do Norte".

Com esta transferência, já são 10 custodiados do estado incluídos nas penitenciárias federais desde o início da crise. Os presos são acusados de comandar os crimes como homicídios e tráficos de drogas, além de estar envolvido em planos de fugas e ataques a patrimônios públicos e privados no RN.

A transferência foi a pedido do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte e do Governo local, autorizada pelo juiz da Vara de Execução Penal.

Ataques - Segundo apuração policial, os ataques a prédios públicos, comércios e veículos no Rio Grande do Norte são comandados por presos do sistema penitenciário, ligados à facções criminosas, e começaram na terça-feira, 14 de março.

Circulam mensagens nas redes sociais atribuídas ao Sindicato do Crime - facção dominante no estado - sobre uma suposta união com o PCC (Primeiro Comando da Capital) para protestar contra as condições nas unidades prisionais. Uma das motivações seria insatisfação dos detentos com falta de regalias nos presídios, inclusive visitas íntimas, suspensas desde o massacre de Alcaçuz, em 2017.

Um policial penal que estava em um comércio, de folga, morreu ferido por tiros. Em outro ataque, um comerciante também foi ferido e não resistiu. Não foi divulgado um balanço, mas informações preliminares são de que um suspeito morreu em confronto com a polícia.

Até o momento, cerca de 100 suspeitos foram presos desde o início dos ataques no estado, que recebeu reforço na segurança pública, inclusive da Força Nacional. A investigação sobre a motivação dos ataques corre em sigilo.

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