Presídios somam 690 internos contaminados com coronavírus em MS
Só o Instituto Penal de Campo Grande e o Estabelecimento Penal Masculino de Coxim somam 501 dos casos confirmados
Até essa segunda-feira (24), 690 internos do sistema prisional e 128 policiais penitenciários foram diagnosticados com covid-19 em Mato Grosso do Sul. Só o Instituto Penal de Campo Grande e o Estabelecimento Penal Masculino de Coxim – cidade a 260 quilômetros de Campo Grande – somam 501 dos casos confirmados.
Conforme boletim divulgado pela Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), são, ao todo, 830 contaminados. Dos 128 agente infectados, 99 estão curados. Entre os internos, 368 já estão recuperados e outros 322 ainda recebem tratamento para a doença causado pelo coronavírus.
Em Campo Grande, a preocupação é com o Instituto Penal, localizado no complexo penal do Jardim Noroeste, que abriga pelo menos 1,5 mil presos. Lá, já foram confirmados 361 casos. Hoje, segundo a agência estadual, 297 estão curados. Dois precisaram ser internados em hospitais da cidade e os outros permanecem isolados dentro da unidade.
Conforme a Agepen, para garantir esse isolamento, foram esvaziados dois solários especificamente para casos positivos. Ao todo, foram reservadas cinco celas grandes, com capacidade para 150 presos. Rotinas diferenciadas também foram aplicadas para quem está com covid.
No Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho, unidade ao lado, 31 presos já testaram positivo para covid-19, mas 21 já estão curados. Nos dois presídios, um protocolo de testagem foi estabelecido pelo poder público e além dos exames em massa para coronavírus, internos são submetidos a testes de HIV e rastreamento da tuberculose com exames de Raio-X.
Os resultados dos exames da tuberculose demoram 24 horas para ficarem prontos, os de covid são entregues em quatro dias e os de HIV saem na hora.
Neste fim de semana, o Estabelecimento Penal Masculino de Coxim viu o número de casos disparar. Por conta disso, todos os internos foram testados. Foi então constatado a contaminação de 140 presos, 50 deles já estão curados. Aqueles que testaram positivo foram isolados em área própria e são monitorados diariamente.
O número é expressivo se considerar que o município não chegou nem a 400 casos desde o início da pandemia. Ainda conforme divulgado pela Agepen, os pacientes estão assintomáticos ou com sintomas leves e não há nenhum caso internação.
As celas de isolamento e os espaços de circulação nas penitenciárias recebem desinfecção diária com quaternário de amônia 5ª geração. “Todos os protocolos de biossegurança estabelecidos pelos especialistas e pelas secretárias de saúde, têm sido adotados para barrar o surgimento de novos casos, bem como evitar a evolução para a gravidade de casos. Até o momento não ocorreu nenhum óbito entre detentos no Estado por conta da Covid-19” divulgou a agência por nota.
Ainda segundo a Agepen, as famílias dos presos infectados são informadas diariamente sobre a situação dos parentes.