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Cidades

Professora é fichada por furto após própria irmã trocar os nomes na delegacia

Eliane ficou sabendo de boato que foi presa, descobriu mal-entendido, agora corre pra corrigir erro

Por Lucas Mamédio | 13/06/2024 15:47
Eliane à esquerda e sua irmã, Marily, presa em Corumbá, à direira
Eliane à esquerda e sua irmã, Marily, presa em Corumbá, à direira

Eliane Lopes Barbosa Carpejani, de 48 anos, professora em Aquidauana, a 138 km de Campo Grande, tomou um susto na manhã desta quinta-feira (13) quando um amigo a avisou sobre um boato que circulava em Corumbá de que ela havia sido presa.

O caso alcançou certa repercussão pois Eliane é casada com um vereador de Anastácio, Eduardo Carpejani (PSDB). Porém, tudo não passa de um grande mal-entendido. Ela nunca foi presa, mas está fichada na polícia por ter tentado furtar um shampoo num supermercado de Corumbá.

Na verdade, a autora do crime imputado a Eliane, foi a irmã, Marily Lopes Barbosa, presa em 1º de junho. Na delegacia, ela deu o nome de Eliane e ao ter os documentos solicitados, disse que não possuía.

“Ela é usuária de droga e, infelizmente, por conta disso vive em situação de rua há muito tempo. O que os policiais me disseram é que é muito comum nesses casos não pedir documentos pessoas com este perfil realmente não têm mais”, explicou Eliane.

Ao puxar os dados de Marily, mas se passando por Eliane, a polícia constatou que não havia registro criminal. A irmã ainda passou por audiência de custódia, de onde foi solta justamente pelo histórico criminal limpo até aquele momento.

“Assim, sendo a flagrada primária, torna-se imperativa a concessão de liberdade provisória, visto que deflui tratar-se o fato, em tese, criminoso, de prática isolada em sua vida”, disse o magistrado em sua decisão.

Mas cometer pequenos delitos, segundo Eliane, faz parte da vida de Marily. “Ela tem diversas passagens pela polícia, há seis meses estava presa e foi posta em liberdade com tornozeleira eletrônica. Se tivesse dado o nome correto com certeza veriam esse histórico”.

Por sorte, no momento da prisão de Marily, os policiais fizeram uma foto, justamente porque não havia registro anterior com o nome. “Na foto que aparece na ocasião que ela foi presa da pra ver exatamente que não sou eu, mas está meus dados lá na ficha”.

Eliane já fez um boletim de ocorrência por preservação de direito e entregou o caso nas mãos de seu advogado. Ele deve ingressar com ação para retificação tanto no âmbito policial quanto no sistema da polícia.

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