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Cidades

Programa de R$ 52 milhões quer tirar 15 mil da fila por cirurgia eletiva

Segundo secretário, quadro é resultante do represamento de procedimentos na pandemia

Aline dos Santos | 25/04/2023 11:26
"Se não fizer utilização racional dos recursos, o custo fica imensurável", diz Maurício Simões. (Foto: Saul Schramm)
"Se não fizer utilização racional dos recursos, o custo fica imensurável", diz Maurício Simões. (Foto: Saul Schramm)

Previsto para ser lançado em maio, um programa, ainda sem nome, mas aos moldes do “Opera MS” (executado no governo passado), vai investir R$ 52 milhões para atender 15 mil pessoas que estão na fila por cirurgias eletivas. O investimento faz parte do programa de metas anunciado na noite de segunda-feira (dia 24) pelo governador Eduardo Riedel (PSDB).

De acordo com o titular da SES (Secretaria Estadual de Saúde), Maurício Simões Corrêa, a fila é resultante do represamento de procedimentos cirúrgicos na pandemia, que chegou em 2020. Cabe lembrar que a última gestão, nos últimos oito anos, tinha como bandeira projetos para realização das eletivas. Questionado sobre a fila ainda ser tão grande em MS, o secretário diz que os demais Estados vivem situação semelhante.

“Pois é, também me faço essa pergunta [sobre o tamanho da fila]. Mas essa é a realidade. A pandemia represou demais”, afirma.

O projeto de metas ainda inclui cirurgias estéticas reparadoras, causadoras de bullying e preconceitos na rede pública escolar.

Remédio em Casa – Já em andamento, o programa “Remédio em Casa” pretende passar de 3 mil para 11 mil cadastrados, pacientes que receberão medicamentos de uso contínuo e bolsas de ostomia na porta do lar.  Os remédios são para pessoas com doenças crônicas, como hipertensão e diabetes.

Aos ser atendido no posto de saúde, o paciente pede para entrar no cadastro e o medicamento é entregue pela LIM (Logística Inteligente de Medicamentos).

“A intenção é atingir o maior número de pessoas possíveis. Com a meta alcançada, podemos atingir o dobro, o triplo. Isso à medida que formos estabelecendo uma cultura na sociedade de que o portador de patologia crônica não precisa ir ao posto de saúde ou à prefeitura para buscar o medicamento. Em geral, não estão acostumados com isso, esse conforto para o cidadão”, diz o titular da SES.

Na vertente de ir ao paciente, a telessaúde vai levar a modalidade de telemedicina para 20 cidades de fronteira, possibilitando atendimento com especialistas. Para casos mais complexos, o atendimento será em parceria com o Hospital Albert Einstein (São Paulo).

“Aproveitando a Infovia Digital, o grande projeto que vai estabelecer a conectividade de fibra ótica. Mato Grosso do Sul tem grandes vazios difíceis de vencer, com municípios distantes”, afirma o secretário.

Vacina – O governo vai investir em reformas e ampliação de 17 hospitais no interior. Além de repasse de R$ 60 milhões para a chamada atenção primária, que são os postos e unidades básicas de saúde.

“Pretendemos levar estrutura para manutenção das vacinas na maior parte das unidades básicas do Estado”, diz.

O secretário reforça que saúde não tem preço, mas tem custo. “Se não fizer utilização racional dos recursos, o custo fica imensurável. Sabemos que os recursos são sempre parcos perante a necessidade”.

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