Secretário de Infraestrutura teve computador e celular apreendidos pela PF
Márcio Iunes, o irmão do prefeito Marcelo Iunes (PSDB), e assessor especial da Prefeitura estão entre os alvos
O secretário municipal de Infraestrutura de Serviços Públicos de Corumbá, o engenheiro Ricardo Ametlla, diz ter sido surpreendido com a PF (Polícia Federal) em sua casa na manhã desta terça-feira (6). Ele é um dos investigados pela Operação Offset, que investiga fraudes em licitações para o desvio de dinheiro público.
“Não sei que investigação é, meu advogado vai tomar ciência do que se trata. Não sou réu, não sou condenado, sou somente investigado e eu não sei o porquê ainda”, afirmou à reportagem do jornal Diário Corumbaense nesta manhã.
Segundo o engenheiro, policiais federais levaram um computador e o celular dele.
Além do secretário, Márcio Iunes, o irmão do prefeito Marcelo Iunes (PSDB), e o ex-secretário municipal de Segurança Pública, Edson Panes de Oliveira Filhos, que hoje tem cargo de assessor especial na Prefeitura de Corumbá, também foram alvos da ação.
Prefeitura - O Campo Grande News tentou contato com o prefeito ao longo da manhã, mas ele não atendeu às ligações.
Por meio da assessoria de imprensa, o Executivo municipal informou que “até o presente momento, não teve acesso aos autos que justificaram a operação policial” e que “não ofereceu qualquer obstrução ao trabalho policial e segue à disposição das autoridades para os esclarecimentos necessários”.
Dinheiro – Em quatro endereços, policiais federais apreenderam R$ 59 mil em dinheiro vivo – foram R$ 25 mil nas casas de dois dos investigados em Corumbá, R$ 19 mil em conveniência da Cidade Branca e R$ 15 mil em casa de empresário em Campo Grande.
A ação – A Operação Offset foi às ruas da Capital e da cidade do interior para cumprir 12 mandados de busca e apreensão. A reportagem apurou que empresa de engenharia de Campo Grande, que presta vários serviços para a Prefeitura de Corumbá, como capina, poda, manutenção de meios fios, também está entre os envolvidos no esquema.
Segundo a Polícia Federal, o nome da operação faz alusão à conhecida técnica de impressão, a principal área de atividade econômica registrada no CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) da investigada.
“Destaca-se que a empresa possui registrados ainda outros ramos de atuação completamente diversos da atividade principal, numa clara tentativa de facilitar a participação em diferentes processos licitatórios, mesmo sem deter outras capacidades necessárias”, afirma a PF em nota.