Suspensões de CNH disparam 62% em MS; Detran atribui alta aos radares
Entre abril e setembro, Estado registrou mais de 42 mil carteiras suspensas; na Capital, aumento foi de 34%
Dia sim, dia não, o Diário Oficial do Estado traz uma lista gigante de condutores que perderam o direito de dirigir temporariamente por quantidade de multas acumuladas. A última, publicada na sexta-feira, trouxe 124 páginas de motoristas que tiveram a CNH (Carteira Nacional de Habilitação).
RESUMO
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O número de motoristas punidos com suspensão da CNH em Mato Grosso do Sul registrou aumento de 62% entre abril e setembro de 2025, comparado ao mesmo período de 2024. Segundo o Detran-MS, o total de suspensões passou de 25.934 para 42.106 no estado. Em Campo Grande, o crescimento foi de 33,82%, com 18.658 suspensões. O Detran-MS atribui o aumento à expansão dos equipamentos eletrônicos de fiscalização no estado, que hoje conta com 161 dispositivos. No entanto, a Agetran afirma que não houve ampliação de radares na capital no período analisado.
O número de motoristas punidos com suspensão aumentou 62% em Mato Grosso do Sul entre abril e setembro deste ano, em comparação com o mesmo período de 2024. Segundo dados do Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul), o total de carteiras nesta condiução passou de 25.934 para 42.106 no Estado. O principal motivo seria a ampliação dos radares no interior.
Em Campo Grande, o crescimento também chama atenção: foram 18.658 suspensões, ante 13.942 no mesmo intervalo do ano passado, um aumento de 33,82%. A diferença é que, por aqui, não houve a ampliação de equipamentos de fiscalização. Pelo contrário, eles estãos endo retirados das ruas para troca de empresa responsável.
O Detran afirma que o avanço pode estar relacionado a diversos fatores, já que o processo de suspensão envolve o acúmulo de pontos e o cometimento de infrações específicas. No entanto, o órgão destaca que as três principais infrações responsáveis pelas suspensões foram flagradas por equipamentos eletrônicos de fiscalização, como radares e lombadas.
“Os dados extraídos do sistema apontam que as três principais infrações que causaram suspensões foram as registradas por equipamentos eletrônicos de fiscalização, o que pode ser justificado pelo aumento de equipamentos instalados nos municípios de Mato Grosso do Sul”, informou o Detran em nota.
Atualmente, o Estado conta com 161 equipamentos de fiscalização eletrônica em operação, sendo 95 em áreas urbanas e 66 em rodovias estaduais.
A explicação do Detran-MS, porém, não se aplica à Capital, segundo a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito). O órgão municipal informou que não houve aumento no número de radares em Campo Grande entre 2024 e 2025.
Em nota enviada à reportagem, a Agetran afirmou que 212 faixas monitoradas estão em processo de instalação por meio de um novo contrato, mas que os equipamentos ainda não entraram em operação plena. “Após a instalação, haverá um período de 15 dias para adaptação dos motoristas”, informou.
A agência reforçou que mantém parceria com o Detran-MS “para tornar o trânsito mais seguro e preservar vidas”, mas destacou que o número atual de radares permanece o mesmo.
